/

Coronavírus na Coreia do Sul já fez 126 vítimas e deixa OMS em alerta

tranchis / Flickr

-

A Coreia do Sul registou esta sexta-feira quatro novos casos de Síndrome Respiratória do Médio Oriente (MERS-CoV), elevando para 126 o número de infeções pelo coronavírus.

Até à data a Coreia do Sul registou um total de dez mortes devido ao MERS, segundo dados do Ministério da Saúde.

Na última semana o número de novos casos diários manteve-se acima de uma dezena por dia.

Os quatro novos doentes ficaram infetados no Centro Médico Samsung, em Seul, foco da maioria dos contágios até à data, de acordo com comunicado do Ministério.

“A possibilidade de o MERS se propagar na sociedade é muito baixa“, afirmou Kwon Duk-choel, diretor dos Centros de Controlo e Prevenção de Coreia numa conferência de imprensa, na qual aconselhou os cidadãos a “fazer uma vida normal”.

Pelo menos 3.680 pessoas estão atualmente de quarentena, em casa ou no hospital, contra 3.805 na quinta-feira. A quarentena foi levantada para 1.249 pessoas desde o início do surto, o maior fora da Arábia Saudita.

O primeiro doente infetado com MERS foi diagnosticado a 20 de maio, após uma visita à Arábia Saudita e a outros países do Golfo Pérsico.

O MERS é considerado um “primo” mais mortal, mas menos contagioso, do vírus responsável pela Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS) que, em 2008, fez cerca de 800 mortos em todo o mundo.

Tal como o SARS, provoca uma infeção pulmonar e os afetados sofrem de febre, tosse e dificuldades respiratórias, não havendo, por enquanto, tratamento preventivo para a doença.

A doença regista uma taxa de mortalidade de cerca de 35%, de acordo com a OMS. Na Arábia Saudita, mais de 950 pessoas foram contaminadas desde 2012 e 412 morreram.

OMS convoca reunião de comissão de emergência sobre síndrome respiratória

A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou hoje que vai convocar, na próxima semana, a comissão de emergências sobre a Síndrome Respiratória do Médio Oriente, depois do aumento do número de mortes na Coreia do Sul.

“O número de novos casos diminuiu, mas devemos vigiar a situação de perto”, declarou um porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic, numa conferência de impresa em Genebra.

“A comissão de emergências vai reunir-se” na próxima semana, mas a data ainda não foi marcada, disse.

“Trata-se de analisar a situação” e determinar se “constitui uma emergência de saúde pública de alcance internacional”, acrescentou Jasarevic, precisando que a última reunião da comissão decorreu a 5 de fevereiro passado.

/Lusa

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.