Cigarros eletrónicos danificam genes e aumentam risco de infeções

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Monica Grigsby / Flickr

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O uso de cigarros eletrónicos está associado a um maior risco de infeções pelos danos causados nos genes do sistema imunitário.

A conclusão é de um estudo da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, que salienta que ainda não é possível saber quais os efeitos dos e-cigarettes a longo prazo na saúde dos fumadores.

De acordo com a pesquisa, publicada na publicação Lung Cellular and Molecular Physiology da American Journal of Physiology, os cigarros eletrónicos conseguem alterar centenas de genes que controlam as células imunitárias do trato respiratório superior, como a garganta, boca e nariz.

Mais concretamente, o uso destes dispositivos altera a expressão genética de 358 genes, sendo que 53 são altamente importantes para a resposta imunitária, o que faz com que a pessoa fique mais vulnerável e suscetível ao aparecimento de infeções bacterianas, vírus e inflamações.

Ilona Jaspers, autora da pesquisa, sugere que a inalação de líquidos aromatizados vaporizados nos cigarros eletrónicos tem consequências, pelo menos, ao nível do processo crítico através do qual os genes dão origem a proteínas importantes para as várias funções das células.

A descoberta ainda não pode ser associada a efeitos a longo prazo na saúde relacionada com o uso destes cigarros ou o risco de doenças normalmente associadas ao tabagismo, como cancro, enfisema ou doença pulmonar obstrutiva crónica.

Contudo, a equipa reforça que os indícios sugerem que a longo prazo o uso destes cigarros eletrónicos não é inofensivo.

Move

1 Comment

  1. agora põe-se a questão, quem financiou o estudo? (alguma indústria tabaqueira? ) como é que foi feito?, em quanto tempo? teve revisão dos pares?

    Enfim, há alguma coisa, tirando água talvez, que não tenha repercursões no nosso organismo?

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