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Cientistas espanhóis descobrem a possível causa da doença de Hawking

lwpkommunikacio / Flickr

O físico teórico Stephen Hawking - provavelmente, o maior do nosso tempo.

O físico teórico Stephen Hawking – provavelmente, o maior do nosso tempo.

Investigadores espanhóis poderão ter descoberto a possível causa da ALS – Esclerose Lateral Amiotrófica, a doença de que padece o conhecido físico Stephen Hawking. De acordo com os cientistas, a doença poderá ser causada por uma espécie de fungo.

De acordo com um estudo de um grupo de investigadores da Universidad Autónoma de Madrid, publicado na International Journal of Biological Sciences, foram encontradas proteínas fúngicas e ADN de diferentes fungos no cérebro e no líquido encefálico de pacientes com ELA.

Segundo adianta o mesmo estudo, tal poderá indicar que a doença poderá ser provocada por diferentes formas de micoses, como a Candida albicans, a Cryptococcus spp ou a Malasezzia spp.

“Os nossos resultados sobre cortes de tecido cerebral demonstram a existência de material fúngico e corpúsculos intra-celulares, a que chamámos endomicosomas”, explica Luis Carrasco, o líder da equipa de investigadores, citado pela RT.

“Estas estruturas fúngicas podem ser detectadas por imunofluorescência, usando anti-corpos que reagem especificamente contra proteínas fúngicas”, acrescenta o professor de Biologia Molecular madrileno.

Os investigadores admitem no entanto que a teoria da origem fúngica da ALS não fica provada em definitivo com este estudo, mas poderá sê-lo com ensaios clínicos adequados em colaboração com as farmacêuticas fabricantes de anti-fúngicos.

A Esclerose Lateral Amiotrófica, também chamada de doença de Lou Gehrig, é uma doença neurodegenerativa progressiva e fatal, caracterizada pela degeneração dos neurónios motores — as células do sistema nervoso central que controlam os movimentos voluntários dos músculos.

A maioria dos doentes que sofrem desta devastadora doença tem uma esperança de vida de 2 a 5 anos após o seu diagnóstico.

Stephen Hawking, o maior astrofísico dos nossos tempos e o mais famoso dos doentes de ALS, sobrevive-lhe há 50 anos, sendo um caso absolutamente excepcional.

ZAP

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