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Cientistas descobrem para que serve o sexo

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Os testes realizados com pulgas de água, uma espécie de crustáceos, confirmaram a hipótese da Rainha Vermelha, segundo a qual os animais “inventaram” a reprodução sexual para combater parasitas e micróbios.

O sexo existe para que o nosso organismo possa lutar contra os micróbios e os parasitas – é esta a conclusão de um artigo publicado na revista científica Proceedings of the Royal Society.

Segunda essa hipótese, no âmbito da evolução, os organismos mudam constantemente não só para ganhar vantagem perante outras espécies, mas também para sobreviver.

Stuart Auld, cientista da Universidade de Stirling, no Reino Unido, verificou a chamada hipótese da Rainha Vermelha ao usar pulgas de água, que são capazes de se reproduzir sexualmente ou por meio de clonagem assexual.

O objetivo foi descobrir como “clones” e pulgas de água normais reagem à infeção transmitida pelo micróbio Pasteuria ramosa que, assim que penetra no organismo, acaba na maioria das vezes por provocar esterilidade.

A fim de conduzir esta experiência, os cientistas desenvolveram alguns métodos especiais para “enganar” o organismo das pulgas de água, fazendo-as reproduzir através do sexo ou assexuadamente, ao imitar a chegada do outono, quando se nota o maior número de pulgas de água (e parasitas), ou da primavera, quando os micróbios esterilizantes são quase inexistentes.

Com a criação de algumas gerações desses crustáceos, os cientistas observaram a sua resistência quando entravam em contacto com o micróbio Pasteuria ramosa, comparando os indicadores dos “clones” com os das pulgas de água comuns.

Na comparação, foram utilizadas bactérias que se evoluíram na natureza selvagem durante um ano.

Os testes mostraram que a renúncia ao sexo pode gerar consequências graves, pois cerca da metade dos clones foram infeccionados por novos sorotipos do micróbio, enquanto apenas 15% das pulgas de água, que se multiplicaram através do sexo, foram contaminados.

Segundo Auld, ao comparar os descendentes da mesma progenitora, os cientistas descobriram que os crustáceos que nasceram graças ao sexo, raramente apanharam micróbios comparado com as suas “irmãs-clones”.

“A luta contra parasitas e doenças explica porque é que o sexo existe entre animais, apesar do seu alto custo evolucionário”, conclui o cientista.

13 Comments

  1. Fantistico artigo, o texto é sobre pulgas, mas a PÉSSIMA desinformação coloca uma foto de pessoas. Por favor jornaleiros, SEJAM HONESTOS NA INFORMAÇÃO.

    • Caro senhor Juan,
      Tenha por favor tento na forma como adjectiva o trabalho dos profissionais desta casa.
      Todos os estudos científicos que resultam em conhecimento aplicável a medicamentos ou técnicas de tratamento de seres humanos são inicialmente feitos com pulgas ratos, cobaias, moscas, feijões ou outras espécimes habitualmente usados em laboratório.
      É a partir do conhecimento obtido com pulgas e afins, que os cientistas inferem aplicações práticas à saúde e vida dos seres humanos.
      Portanto, se após a leitura do nosso artigo o melhor que dele retira são conclusões desabridas acerca da escolha da ilustração, claramente o artigo não foi feito para si.

      • O que eu gostava de saber, meu caro ZAP, é porque não estava o “senhor” a jantar descansadinho com a sua família, na noite de consoada, e em vez disso encontrava-se aqui a responder ao zé povinho, que tudo critica e nunca está satisfeito com nada.

        PS: Já agora levanto a minha própria crítica: este artigo usa em demasia a letra ‘a’.

  2. Fiquei elucidado ao fim de todos estes anos que ando fazendo sexo, sem saber bem porquê. Obrigado cientistas, moscas, pulgas, ratos,cobaias e finalmente srs jornalistas que trazem esta enorme extraordinária novidade ao nosso conhecimento. A partir de agora, cada vez que dê uma queca, a Pasteuria Ramosa que se cuide…!!!

  3. A estupidez inerente a certas pessoas que só sabem fazer criticas destrutivas, é uma ofensa a quem tenta trabalhar num local onde só vai quem quer, ou seja, se não gosta não leia, mude de site vá para o raio que o parta, por exemplo. Pessoalmente estou grato pelas noticias que por aqui aparecem, na sua maioria tentam informar outras nem por isso mas ninguém tem o direito de ofender quem trabalha. Bom Ano e que o mesmo seja mais profícuo para certas pessoas.

  4. Colocando de lado a questão da “publicidade enganosa”, a utilização de cobaias, e o trabalho de todos os profissionais (investigadores, …, e jornalistas) é bom estar bem informado sobre o que se passa pelo mundo!
    Assim, alegra-me a ideia de saber de mais uma utilidade para o faço com gosto e prazer.

  5. Que a prática do sexo pode ser benéfica para combater micróbios e parasitas poderá ser verdade mas o sexo existe pois é a forma natural dos seres se reproduzirem. Os seres vivos na sua generalidade não praticam sexo para combater micróbios e parasitas. Todos sabemos disso e não precisamos de ser cientistas. Não pode generalizar a conclusão do cientista a todos as espécies de seres vivos.

  6. Viva a luta contra os micróbios e os parasitas, que oprimem a classe operária!
    25 quecas em Abril sempre! Impotência nunca mais!

    • É para passar tempo. E consigo demonstrá-lo:
      – No tempo dos meus avós só havia rádio (e um por aldeia), logo o pessoal para passar tempo andava sempre a dar-lhe. Resultado 4 filhos para cima.
      – No tempo dos meus pais já havia televisão, logo dois filhos por casal
      – No meu tempo para além de rádio e tv há ainda consolas e mais uma quantidade enorme de outras coisas. Resultado 0 ou 1 filho.

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