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Cientistas descobrem mecanismo para acabar de vez com a ansiedade

Dima Bushkov / Flickr

O medo de chumbar um exame, a sensação de estar a olhar para o relógio e não ver o tempo passar ou aquele frio na espinha que se sente numa situação nova são apenas indícios de que a ansiedade está a ocupar um papel importante na nossa vida.

Agora, os cientistas querem descobrir como “desligar” essa sensação no nosso corpo – e já estão perto de desenvolver uma solução definitiva para o assunto.

Investigadores da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, descobriram recentemente que algumas proteínas presentes no cérebro humano, as chamadas proteínas KORs, podem ser a resposta para esse quebra-cabeça.

Segundo o professor de farmacologia Thomas L. Kash, autor principal do estudo, “estas proteínas são responsáveis por diversas doenças mentais – incluindo o transtorno de ansiedade”.

As KORs têm a função de libertar o neurotransmissor glutamato, que está ligado à dor e às alterações de humor, e funcionam como um interruptor, que liberta ou não a saída de glutamato para o o organismo.

“Quando as proteínas KORs são inactivadas”, explica Kash à EurekAlert!, “o glutamato é libertado de forma correcta, diminuindo a sensação de ansiedade”.

Controlar essa libertação é justamente a chave para “desligar” a ansiedade no nosso organismo.

“Essencialmente, as proteínas KORs desligam um mecanismo de redução da ansiedade no cérebro”, pelo que a inactivação das proteínas diminui a sensação de ansiedade, explica o investigador.

A má notícia é que os cientistas ainda não sabem quais os efeitos secundários de interferir nestas proteínas.

Isso acontece porque a ansiedade tem um papel muito mais importante no nosso organismo do que pode parecer: é responsável, por exemplo, por avisar-nos de situações de perigo, preparando o nosso cérebro para tudo o que possa acontecer.

Milhões de pessoas em todo o mundo sofrem com transtornos de ansiedade.

Mas se este estudo vier a comprovar a sua aplicação prática no tratamento da ansiedade, será possível tratar os casos mais graves da doença – proporcionando uma melhor qualidade de vida aos pacientes.

ZAP / Hypeness

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