Cientistas criam “manto” da invisibilidade portátil

chrisjtse / Flickr

Há alguns anos que o artista plástico Liu Bolin desaparece nas suas fotos – sem usar um manto de invisibilidade

A realidade está cada vez mais perto da magia: cientistas alemães criaram um “manto da invisibilidade” portátil que permite fazer desaparecer pequenos objetos sem a ajuda de equipamentos adicionais.

Os investigadores do Instituto Tecnológico de Karlsruhe, na Alemanha, um dispositivo de invisibilidade portátil, capaz de fazer desaparecer da vista pequenos objetos – mas ainda não tão grandes como um corpo humano, infelizmente.

Os cientistas alemães construíram o seu “manto” a partir de materiais que dispersam a luz ao reduzir a velocidade de propagação efetiva das ondas. Em seguida, a luz pode ser acelerada novamente para compensar o comprimento do caminho mais longo à volta do objeto oculto.

O objeto a ser escondido é colocado dentro de um cilindro de metal oco, revestido de tinta acrílica, que reflete a luz de forma difusa. O tubo é encaixado dentro de um bloco de polidimetilsiloxano, um polímero orgânico comum, coberto com nanopartículas de dióxido de titânio que o fazem dispersar a luz.

“O nosso manto tira vantagem da menor velocidade de propagação efetiva nos materiais que dispersam a luz”, afirma Robert Schittny, que liderou a investigação. “À medida que aparentemente abrandamos a luz, acelerá-la novamente com o manto para compensar o caminho mais longo à volta do núcleo não será um problema”.

Se o tempo médio que a luz leva para viajar através do bloco de polidimetilsiloxano estiver na proporção exata relativamente ao tempo médio que leva a viajar através do manto, o núcleo torna invisível”.

Por outro lado, um “manto” em estado sólido pode ser facilmente transportado para uma sala de aula. “É um manto microscópio que consegues ver à vista desarmada e segurar nas tuas mãos”, descreve Schittny.

“Com uma lanterna e numa sala com luz não muito forte, é muito fácil demonstrar o manto a funcionar – sem equipamento de laboratório, microscópios, nem medição de dados a posteriori. O efeito está mesmo lá para todos verem”.

Os responsáveis vão apresentar o invento na Conferência sobre Lasers e Eletro-ótica (CLEO 2015), na Califórnia, no dia 13 deste mês.

ZAP

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