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CIA nega envolvimento de Governo saudita no 11 de Setembro

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O director da Central de Informações dos Estados Unidos CIA, John Brennan, disse hoje que descobertas inéditas feitas pela investigação do Congresso sobre o 11/09 não podem ser tomadas como prova de cumplicidade oficial dos sauditas.

Uma decisão sobre a possibilidade de libertar uma secção de 28 páginas classificadas do relatório da comissão de informação de Câmara e do Senado norte-americanos está para breve.

O ex-senador Bob Graham, que dirigiu o comité de informação do Senado na altura, alegou que as autoridades sauditas prestaram assistência aos sequestradores dos aviões usados no 11/09, declarando que as 28 páginas devem ser tornadas públicas.

“Estas 28 páginas, eu acredito, devem estar para sair. Eu penso que é bom que elas saiam. Entretanto, as pessoas não devem tomá-las como prova de cumplicidade Arábia Saudita nos ataques”, declarou John Brennan numa entrevista à Al-Arabiya, um canal de notícias de televisão saudita.

John Brennan observou que o relatório foi produzido um ano depois de os membros da Al-Qaeda terem sequestrado os aviões.

Era “um relatório preliminar, que tentava juntar pedaços de informações para determinar quem seriam os responsáveis pelo 11/09”, disse Brennan na entrevista.

“Posteriormente, a Comissão do 11/09 estudou muito bem essas alegações de envolvimento dos sauditas, do envolvimento do Governo saudita”, disse o diretor da CIA.

“A sua conclusão foi de que não havia nenhuma evidência indicando que o Governo saudita como uma instituição ou altos funcionários sauditas, individualmente, tinham apoiado os ataques de 11/09″, disse o diretor da CIA.

A Comissão do 11/09, criada pelo então presidente norte-americano, George W. Bush, e apresentou o seu relatório em 2004.

John Brennan acrescentou que, ao longo dos últimos 15 anos, os sauditas estiveram sempre “entre os nossos melhores parceiros na luta contra o terrorismo”.

A 11 de Setembro de 2001, um grupo de terroristas, mais tarde ligados à Al Qaeda, sequestrou quatro aviões comerciais de passageiros.

Duas destas aeronaves foram despenhadas contra as duas “torres gémeas” do World Trade Center, em Nova Iorque, provocando o colapso dos dois edifícios.

Uma terceira aeronave foi despenhada contra o edifício do Pentágono, em Washington, e uma quarta aeronave, presumivelmente dirigida à Casa Branca, despenhou-se num campo na Pensilvânia, depois de os passageiros terem reagido aos sequestradores

Os atentados de 11 de Setembro provocaram a morte a 2996 pessoas, e ferimentos em mais de 6.000.

/Lusa

1 Comment

  1. Se os sauditas “estiveram sempre “entre os nossos melhores parceiros na luta contra o terrorismo”, quero ver o que vão dizer quando descobrirem que o estado islâmico tem os sauditas como principais “amigos”!!

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