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Chuva forte em Lisboa chegou aos 34 milímetros numa hora

A chuva que se abateu esta segunda-feira sobre Lisboa atingiu os 34 milímetros numa hora, entre as 14:00 e as 15:00, valores considerados elevados e associados a um fenómeno temporário, mas de forte atividade, segundo fonte do IPMA.

Fonte do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) disse à agência Lusa que na rede de estações que o IPMA utiliza foram registaram valores de 34 milímetros (ou 34 litros) numa hora, entre as 14:00 e as 15:00, valor considerado elevado e superior aos verificados a 22 de setembro passado, quando uma outra forte chuvada se abateu sobre a capital.

Segundo um meteorologista do IPMA, a forte precipitação está associada à passagem de uma superfície frontal fria, “de forte atividade”, segundo a mesma fonte.

“Estava prevista a passagem nas regiões do centro e sul”, afirmou a fonte, referindo que as previsões disponíveis no domingo indicavam “um sistema frontal muito temporário, mas de atividade muito forte”.

Várias zonas da cidade ficaram inundadas devido à forte precipitação registada durante a tarde, mas segundo os bombeiros, todas as vias estão já transitáveis.

Câmara de Lisboa atribuiu inundações a chuva atípica

A Câmara Municipal de Lisboa atribuiu as inundações na cidade à elevada precipitação, que classificou de atípica, defendendo que embora possa haver aspetos, a melhorar as sarjetas e sumidouros se encontravam limpos.“A intensidade da chuva hoje foi superior a 22 de setembro, o último episódio semelhante na cidade”, disse à agência Lusa o vereador dos Espaços Públicos e Higiene Urbana, Duarte Cordeiro.“Dificilmente uma cidade aguentaria, independentemente do suporte que tivesse ou não para drenar as águas”, afirmou, acrescentando houve “um rápido restabelecimento da normalidade”, assim que terminou de chover.

O vereador admitiu ser importante para a câmara a existência de um plano de drenagem, indicando que este instrumento “tem estado em marcha”.

Considerou, porém, que situações como as provocadas pelas fortes chuvas de hoje à tarde não seriam colmatadas “só pela existência de um plano de drenagem”.

O responsável frisou que condições meteorológicas como a que provocou inundações em vários pontos da cidade têm “um grau de excecionalidade” que, independentemente da existência de um plano de drenagem ou de alguma melhoria, “existiriam sempre”.

No que diz respeito à limpeza das sarjetas e sumidouros o vereador disse que pode haver circunstâncias em que não estão devidamente limpos, mas insistiu que na generalidade dos casos não foi esse o motivo das inundações.

“O que se verificou foi uma intensidade muito significativa de chuva e obviamente as condutas e os coletores de suporte à cidade não aguentaram o volume de água que naquele preciso momento circulava”, sustentou.

“Estas situações não eram só por si ultrapassáveis pela existência de um plano de drenagem”, acrescentou.

A oposição na Câmara de Lisboa voltou hoje a criticar o presidente da autarquia, António Costa, pelas inundações registadas durante a tarde, denunciando falta de limpeza das sarjetas e exigindo que o plano de drenagem avance.

/Lusa

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