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Centeno não acredita que Portugal consiga reduzir o défice estrutural

bankenverband / Flickr

O presidente do Bundesbank, Jens Weidmann

O presidente do Bundesbank, Jens Weidmann

O presidente do banco central alemão, Jens Weidmann, visitou Portugal, reuniu-se com o ministro das Finanças, Mário Centeno, e regressou à Alemanha com a convicção de que não haverá consolidação estrutural em Portugal.

Depois das medidas adicionais anunciadas esta quinta-feira, o Governo deverá conseguir apresentar este ano um défice de 3% a Bruxelas, mas deixará para trás a redução do défice estrutural  exigida por Bruxelas.

De acodocom o que a Rádio Renascença apurou, Jens Weidmann, presidente do Bundesbank, efectuou esta sexta-feira uma visita a Portugal e terá ficado convencido de que não haverá consolidação estrutural em Portugal.

Segundo as regras do tratado orçamental europeu, Portugal deverá efectuar uma redução de pelo menos meio ponto percentual por ano no défice estrutural, até que este atinja os 0,5% do PIB.

Segundo as previsões da Comissão Europeia, o défice estrutural de Portugal será de 1,8% do PIB em 2015 — mais 0,4 pontos percentuais do que em 2014.

Segundo as previsões de Bruxelas, o défice estrutural, obtido da correcção dos efeitos conjunturais no défice orçamental, registará uma subida de 2,3% em 2016 e de 2,4% em 2017.

Apesar de exigido pelo tratado orçamental, realça a RR, o défice estrutural não é normalmente mencionado, uma vez que o critério principal é a barreira dos 3% do défice orçamental.

Weidmann terá gostado do que ouviu quanto às reformas planeadas pelo novo governo, mas o esforço orçamental não convenceu o presidente do banco central da Alemanha.

Segundo a Renascença apurou, Jens Weidmann saiu da reunião com Mário Centeno com a certeza de que o ministro das Finanças português não acredita que Portugal consiga reduzir o seu défice estrutural.

ZAP

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