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Cavaco pede aos partidos que evitem a demagogia

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O Presidente da República, Cavaco SIlva

O Presidente da República, Cavaco SIlva

“O ano de 2015 será um ano de escolhas decisivas para o futuro do país. Os portugueses irão ser chamados a pronunciar-se através do exercício do direito de voto”, afirmou o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, na tradicional mensagem de Ano Novo que dirigiu esta noite aos portugueses.

Defendendo uma participação ativas nas eleições legislativas que deverão realizar-se depois do verão, Cavaco Silva recomendou cautelas nas promessas eleitorais, sublinhando que “é errado pensar que os problemas que o país enfrenta podem ser resolvidos num clima de facilidade”.

“Há que ser cuidadoso nas promessas eleitorais que se fazem e que, não podendo depois ser cumpridas, acentuam perigosamente a desconfiança dos cidadãos em relação à classe política e às instituições. Há que evitar promessas demagógicas e sem realismo”, preconizou.

Num discurso centrado nas eleições onde irá ser escolhido o Governo que sucederá ao executivo de maioria PSD/CDS-PP liderado por Pedro Passos Coelho, o chefe de Estado insistiu na questão da demagogia e do populismo, considerando que ao fim de 40 anos de democracia de deve desenvolver “uma cultura política mais esclarecida e mais esclarecedora”.

Assim, defendeu, é necessário as forças partidárias serem claras nas suas propostas, recusando o populismo e fazendo um esforço de pedagogia democrática.

“Mas, esse esforço de pedagogia democrática só pode ser feito através da força do exemplo. Os partidos e os agentes políticos têm de demonstrar, pela sua conduta, que são um exemplo de transparência, de responsabilidade e de civismo para os portugueses”, vincou.

Repetindo um apelo que já deixou em anteriores atos eleitorais, o Presidente da República advertiu ainda para a necessidade de se evitarem “crispações e conflitos artificiais que têm afetado a confiança dos cidadãos” nas instituições e, em particular, na classe política.

Além disso, acrescentou, o tempo depois das eleições será marcado por “exigências de compromisso e diálogo” e esse espírito de abertura não poderá ser prejudicado “por excessos cometidos na luta política que antecede o sufrágio”.

/Lusa

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