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Catarina Martins ao ataque exige a cabeça do governador a Costa

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Clara Azevedo e Paulo Henriques / Portugal.gov.pt

O primeiro-ministro António Costa discursa no Parlamento

O primeiro-ministro António Costa discursa no Parlamento

Catarina Martins e António Costa foram os grandes protagonistas do debate quinzenal realizado esta sexta-feira no Parlamento. A líder bloquista não facilitou a vida ao primeiro-ministro e pediu a cabeça do governador do Banco de Portugal.

Com Passos Coelho mudo e calado na bancada do PSD, entregando as despesas do debate pela parte social-democrata a Luís Montenegro, foi Catarina Martins, a líder do Bloco de Esquerda, que encostou António Costa às cordas, nomeadamente quanto às questões da banca que têm estado na ordem do dia.

A porta-voz bloquista confrontou o primeiro-ministro com o facto de o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, poder ter cometido “uma falha de informação grave”, no âmbito do caso Banif, conforme sugere o secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, em declarações ao Público.

Carlos Costa terá alegadamente sugerido ao Banco Central Europeu que limitasse o acesso do Banif a financiamento, enquanto dizia ao governo que era preciso encontrar uma forma de garantir dinheiro para o Banco.

Uma circunstância que, a juntar a tantas outras posturas questionadas do governador, no domínio dos recentes casos na Banca nacional, leva Catarina Martins a desafiar António Costa a demiti-lo do cargo.

O primeiro-ministro não disse sim, nem não, notando que a decisão sobre o futuro do governador será tomada depois do fim da Comissão de Inquérito ao Banif. Carlos Costa deverá, de resto, ser de novo convocado ao Parlamento para dar explicações.

Catarina Martins ainda alertou António Costa de que o Bloco de Esquerda não dará o seu aval a mais dinheiro público na banca, exigindo também a recapitalização pública da CGD e a nacionalização do Novo Banco.

O primeiro-ministro respondeu com o seu acordo às duas primeiras ideias e até prometeu fazer “tudo” para reforçar o capital da CGD e mantêm-la “100% pública”. Mas quanto ao Novo Banco, são outras contas e um ponto de divergência assumida da esquerda.

Costa também levou para o Parlamento o contrato de Diogo Lacerda Machado para distribuir pelos deputados “para que não restem dúvidas”, como disse.

E tratou de responder aos reparos do PSD pela contratação do amigo com os seus bons resultados na negociação da reversão da privatização da TAP, “numa negociação que muita gente dizia que era impossível”, como sublinhou.

O primeiro-ministro reconheceu que as previsões de crescimento da economia serão revistas em baixa pelo Programa de Estabilidade, mas prometeu a Assunção Cristas, líder do CDS, que não vai aumentar a taxa do IVA.

Perante o questionamento do PCP, o chefe do Governo admitiu rever o assunto das reformas antecipadas, de modo a que haja menos cortes nas pensões de carreiras longas.

SV, ZAP

6 Comments

  1. Uma boa encenação para abrir vagar para a Elisa Ferreira.

    Molière está de parabéns e pode ter orgulho nestes discípulos

  2. Claro, vamos nacionalizar tudo, assim será mais fácil nomear ao amigos para altos cargos de administração nos Banco e Empresas nacionalizadas. Depois também será mais fácil dar emprego a meio mundo para não fazer nada nas empresas nacionalizadas. Já passamos por isto e viu-se o que aconteceu. Todas as grandes empresas que existiam em Portugal, que davam trabalho, não emprego, a milhares de pessoas desapareceram (Siderurgia, CUF, Setenave, etc.), enquanto as que se mantiveram em mãos privadas continuaram a gerar dinheiro e postos de trabalho (não postos de emprego). VAMOS NACIONALIZAR TUDO!!!!!!

    • Não!… vamos privatizar tudo e “entregar o ouro ao bandido” e depois a divida publica ainda sobe mais!
      A ANA SÓ aumentou os preços 9 vezes e os CTT 4 vezes, desde que formam privatizados!…
      Etc, etc, etc…
      .
      Coitado, mais um que anda a leste da realidade (e este assunto nem sequer tem nada a ver com esta noticia)!…

  3. Desapareceram as empresas públicas e desapareceu o serviço público. Transformaram-se em empresas sanguessugas do povo. Antes davam lucro que entrava no orçamento do estado. Agora sugam os tugas até ao tutano da bunda mesmo daqueles que têm cú pequeno, e o lucro vai para os pilhos da futa meterem em off shores e comprarem carros da Merkel e afins

  4. A Leste andas tu.. e foi pena não teres ficado pelo leste. Nunca vi ninguém a saltar para o outro lado do muro. Neste momento só te resta a belíssima Venezuela ou a Coreia do Norte. Boa sorte.

    • Bem me parecia que o teu caso era um misto de estupidez e ignorância!…
      Para a Venezuela, ou preferencialmente para a Coreia do Norte vai tu, já que o teu sentido critico e informação é pouco mais do que zero – assim nem ias notar diferenças!…
      Fazer sugestões tão estúpidas só porque alguém tem a capacidade de analisar o resultado final (desastroso) das privatizações mais recentes, é, no mínimo, triste…
      Claramente já deves ter “privatizado” a tua inteligência e agora o resultado está à vista!

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