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Câmara do Porto desmente prejuízos nos voos da TAP

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A Câmara do Porto voltou esta segunda-feira a lançar duras críticas à TAP, expondo as contas até então desconhecidas da Portugália.

No texto publicado esta segunda-feira na página da autarquia, a Câmara do Porto conclui que a companhia não só é “lucrativa” como “a sua operação e procura são sustentáveis”.

São estas as conclusões da autarquia depois de analisar as contas da Portugália e que contrariam a ideia de que os voos descontinuados no Porto são deficitários.

“Ao contrário da operação da TAP, centrada no ‘hub’ em Lisboa, que em 2016 deu 46 milhões de euros de prejuízo. Muito graves são os resultados das empresas brasileiras do Grupo, criadas pelo ainda presidente da comissão executiva da empresa. Só a TAP – Manutenção e Engenharia do Brasil perdeu mais de 22 milhões de euros em 2014, que elevaram os prejuízos do grupo para 85 milhões de euros nesse ano”, acusa.

“Apesar dos enormes prejuízos no Brasil, que contribuíram para um endividamento público superior a mil milhões de euros, a TAP nunca abandonou o negócio naquele país”, sublinha o texto do portal.

Segundo os relatórios dos últimos oito anos, a autarquia afirma que “a PGA dá normalmente lucro, que em 2013 foi superior a cinco milhões de euros e em 2012 tinha sido de mais de 10 milhões”.

Em 2014, a PGA apresentou “um prejuízo marginal, inferior a um milhão de euros” mas, segundo a Câmara do Porto, “o relatório e contas não atribui as culpas à rentabilidade dos voos, bem pelo contrário”.

De acordo com o relatório da Portugália citado pela autarquia, “verificou-se uma ligeira redução na operação de 0,1% face ao homólogo” que se atribui “às greves verificadas e ao impacto dos cancelamentos por motivos técnicos”.

Esta publicação surge como resposta aos dados avançados pela companhia aérea em que garantia que as rotas suspensas a partir do Porto representavam um prejuízo de oito milhões de euros.

“Recorde-se que a TAP alegou prejuízos de oito milhões de euros nos quatro voos operados pela Portugália para justificar o seu cancelamento, mas aumentou a operação em Lisboa, onde os prejuízos sobem, tal como no Brasil”.

“Em nenhum momento, o extenso relatório refere prejuízos ou perdas em voos no Porto ou sequer na operação que, não fossem as greves ou os problemas oriundos da TAP, teria apresentado em 2014 lucros superiores aos de 2013, continuando a senda dos bons resultados que foi apresentando”, pode ler-se.

A Câmara liderada por Rui Moreira acusa a transportadora aérea de ter um “política de desvalorização do Porto” e que “é muito mais significativa do que possa parecer nos singelos anúncios da companhia”.

“De uma quota de mercado de 40% em 2009, passou para menos de 20% em 2015, o que, face aos mais de oito milhões de passageiros processados no Porto, representa cerca de 1,5 milhões de passageiros TAP”.

Apesar desta situação, a autarquia acredita que o aeroporto Francisco Sá Carneiro “tem condições em 2016 para ultrapassar os nove milhões de passageiros”, muito graças à entrada de companhias aéreas concorrentes.

Este novo texto precede a reunião, agendada para a próxima quarta-feira, entre o autarca Rui Moreira e o primeiro-ministro António Costa para discutir a situação da TAP.

ZAP

3 Comments

  1. Só posso afirmar uma coisa… a Portugalia fazia voos de Milão para o Porto e os aviões íam sempre cheios de emigrantes que vivem em Ticino que são cerca de 5.000, mas não só, também italianos que querem visitar o Porto, agora só a Rynair faz voos para o Porto a preços acessíveis, na TAP custam 5x mais !!!

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