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Bruxelas diz que Portugal ainda tem margem para aumentar impostos

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Zinneke / Wikimedia

Jean-Claude Juncker

Jean-Claude Juncker

Portugal necessita de melhorar a sustentabilidade das finanças públicas, e tem alguma margem para o fazer através de um aumento de impostos, sustenta o relatório de 2015 sobre reformas fiscais nos Estados-membros divulgado esta segunda-feira pela Comissão Europeia.

O documento, publicado pelas direções-gerais de Assuntos Económicos e Financeiros e de Fiscalidade, aponta que Portugal – assim como Irlanda, Croácia e Eslovénia – apresenta um “risco elevado” de sustentabilidade a médio prazo e necessita de atuar, sendo um dos caminhos possíveis um aumento de impostos, mas não sobre o trabalho, para não prejudicar a retoma.

Segundo a análise feita pela Comissão, os Estados-membros que têm uma carga tributária relativamente baixa, grupo no qual inclui Portugal, podem recorrer a um aumento dos impostos “menos distorcivos” em termos de mercado ou “mais amigos do crescimento”, como impostos sobre o consumo ou impostos ambientais, para enfrentar os riscos de sustentabilidade dos cofres públicos.

Admitindo que os impostos sobre o trabalho têm ou podem ter um efeito negativo sobre o crescimento e o emprego, o estudo da Comissão Europeia adverte todavia que o número de Estados-membros que, em função dos indicadores económicos atuais, têm margem para os diminuir é “reduzido”, e Portugal não faz parte desse grupo.

“Atendendo a que as finanças públicas estão sob pressão em muitos Estados-membros, e de modo a não colocar a sustentabilidade orçamental em risco, uma redução dos impostos sobre o trabalho teria que ser financiada através de uma redução da despesa pública ou aumentando receitas alternativas”, sustenta o relatório.

/Lusa

9 Comments

  1. “Atendendo a que as finanças públicas estão sob pressão em muitos Estados-membros, e de modo a não colocar a sustentabilidade orçamental em risco, uma redução dos impostos sobre o trabalho teria que ser financiada através de uma redução da despesa pública ou aumentando receitas alternativas”
    Que cortem nas gorduras do estado, todos os trabalhadores do estado (ministros incluídos) devem cortar em parte nos extra que eles têm, como carro de alta gama com combustível pago pelo estado e x viagens por ano aqui e acolá que cortem isto e retirem parte da carga fiscal do trabalho para a economia cresça um pouco. Mas o povo Português também está mal habituado e deixa as coisas para a ultima, nesta crise com mais de 20 anos, muito avisaram para apertar o cerco fiscal pois muitos fugiram aos impostos e ninguém pedia factura, mas TODOS reclamam subsídios pois são quase todos coitadinhos mas tem alto carro e casa e ganha 1500€ e desconta como se o salário fosse 500€…

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