Britânicos vão hoje a votos e ninguém vai ganhar

The Prime Minister's Office / Flickr

O primeiro ministro, David Cameron, em reunião do executivo britânico

O primeiro ministro, David Cameron, em reunião do executivo britânico

As assembleias de voto abriram esta quinta-feira para as eleições legislativas britânicas, que devem resultar num impasse não só na formação do governo, mas também na gestão do Reino Unido devido à dificuldade em formar uma maioria parlamentar absoluta.

Mais de 45 milhões de britânicos são chamados a escolher uma nova Câmara dos Comuns, com a generalidade das sondagens mais recentes aponta para um empate ou um número muito próximo de deputados entre os dois principais partidos: o Conservador e o Trabalhista.

As urnas abriram às 7h e encerram às 22h (mesma hora em Lisboa) em 650 circunscrições eleitorais, com cada uma a eleger um deputado.

A generalidade das sondagens mais recentes apontam para um empate ou um número muito próximo de deputados entre os dois principais partidos, o Conservador e o Trabalhista.

Os “Tories” (conservadores) de David Cameron terão prioridade na formação de governo, mas mesmo renovar a coligação com os Liberais Democratas e aliar-se ao Partido Democrático Unionista (DUP) da Irlanda do Norte deverá ser insuficiente.

À esquerda, o líder trabalhista Ed Miliband limitou as suas opções ao afastar completamente a hipótese de uma coligação ou acordo parlamentar com o Partido Nacionalista Escocês (SNP), que se espera ser a terceira força política mais votada.

Prioridades

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, centrou a campanha para a reeleição no objetivo de “terminar o trabalho” de recuperar a economia, prometendo não aumentar impostos e investir no serviço de nacional de saúde.

A prioridade do “Labour” (trabalhistas), garante Ed Miliband, é melhorar as condições de vida e de trabalho dos britânicos, propondo aumentar impostos aos mais ricos e impor regras sobre as rendas das habitações e os preços da energia.

Ambos os partidos têm medidas para refrear o fluxo de imigração, como bloquear o acesso à segurança social, mas a posição mais drástica é do eurocético partido para a Independência do Reino Unido (UKIP).

O partido de Nigel Farage deseja a saída da União Europeia, o que limitaria o direito de circulação dos europeus no espaço britânico, mas o seu poder de influência será limitado – as sondagens apontam para apenas um ou dois deputados eleitos.

Também os Liberais Democratas, impopulares devido à coligação com os Conservadores no atual governo, deverão perder o estatuto de fiel da balança pois as sondagens apontam para que o partido perda metade do número de deputados.

A chave do poder ficará, assim, nas mãos do SNP, mas a aspiração à independência da Escócia e a política pelo fim do armamento nuclear tornam o partido indesejável como parceiro no governo.

/Lusa

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