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Brasileiro condenado à morte na Indonésia pediu bacalhau e espera milagre

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Marco Archer, brasileiro condenado à morte na Indonésia por tráfico de droga

Marco Archer, brasileiro condenado à morte na Indonésia por tráfico de droga

O brasileiro Marco Archer deve ser fuzilado neste fim-de-semana, depois de ter sido condenado à morte por tráfico de droga na Indonésia. Apesar do pedido pessoal da presidente Dilma Rouseff por clemência, as autoridades indonésias não recuaram e este brasileiro espera agora um milagre.

Todavia, as coisas parecem complicadas para Marco Archer, brasileiro que foi detido em 2004 com 13,4 quilos de cocaína escondidos em tubos de uma asa-delta.

O presidente da Indonésia, Joko Widodo, prometeu, durante a campanha eleitoral que terminou na sua vitória, tolerância zero contra o tráfico de droga e foi amplamente apoiado pela população maioritariamente muçulmana.

Até no Brasil parece haver uma maioria a defender a execução de Marco Archer e de outro brasileiro, Rodrigo Muxfeldt Gularte que deverá ser executado em Fevereiro, também por tráfico de droga.

A BBC Brasil refere que “a maioria dos internautas consultados defende a execução dos dois conterrâneos”. “Enquanto uma minoria defende clemência, penas alternativas e prega a ineficiência da pena de morte, os comentários mais elogiados sugerem que traficantes deveriam morrer “para dar exemplo””, escreve-se nesta publicação.

Entretanto, a imprensa indonésia vai reportando que os preparativos para a execução prosseguem. Marco Archer terá já recebido a visita de uma tia, um dos seus poucos familiares, pois será órfão e não terá filhos.

O Diário de Notícias reporta que o brasileiro pediu “um bacalhau, comprado na capital portuguesa, como último desejo” a esta familiar que viajou do Rio de Janeiro, com escala em Lisboa, para Jacarta para se despedir dele.

Os amigos de Marco Archer têm difundido na Internet um vídeo, onde o condenado à morte se mostra arrependido pelo “erro gravíssimo” que diz ter cometido.

“Sonho em voltar ao Brasil e explicar aos jovens que a droga só tem dois caminhos, a prisão ou a morte. Nem quero acreditar que vão colocar-me uma venda e, sem injeções nem nada, fuzilar-me até à morte. Não acredito que a minha vida termine dessa maneira dramática numa prisão na Indonésia”, refere Marco Archer, num vídeo do cineasta brasileiro Marcos Prado, o mesmo que realizou o aclamado “Tropa de Elite”.

Depois do apelo pessoal em vão de Dilma Rousseff, “após uma semana de tentativas”, conforme repara o BBC Brasil, o Procurador geral da República brasileira, Rodrigo Janot, enviou uma carta ao chefe do Ministério Público da Indonésia apelando ao adiamento da execução e sugerindo uma forma diferente de punição, nomeadamente a prisão no Brasil.

Caso estes pedidos não venham a ser aceites, Marco Archer tornar-se-á no primeiro brasileiro a ser executado por um governo estrangeiro.

Os amigos do homem de 53 anos estão “a fazer força para acreditar no milagre”, conforme conta Kika Vianna, que conhece Marco Archer desde a infância, em declarações divulgadas no Globo.com.

SV, ZAP

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