Brasil tem 3 mil casos suspeitos de microcefalia relacionada com epidemia do vírus Zika

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Centers for Disease Control and Prevention

O Ministério da Saúde brasileiro anunciou esta terça-feira que foram notificados 3.174 casos suspeitos de microcefalia em recém-nascidos relacionada com o vírus Zika.

As notificações provêm de 684 municípios de 21 estados, e pela primeira vez está a ser investigado um caso no estado do Amazonas. Também estão em investigação 38 óbitos de bebés com microcefalia, possivelmente relacionados com o vírus Zika.

O Ministério da Saúde só tem divulgado o número de casos em que há suspeita de que o recém-nascido tem microcefalia relacionada com o vírus Zika. Os bebés têm o a doença confirmada ou descartada depois de passarem por exames neurológicos e de imagem, como a ultrassonografia transfontanela e a tomografia. Desde que começou a divulgar semanalmente os boletins com atualizações, a tutela brasileira tornou pública a confirmação de 134 casos e o descarte de 102.

O estado de Pernambuco, o primeiro a identificar aumento de recém-nascidos com microcefalia, continua com o maior número de casos suspeitos (1.185), o que representa 37,33% do total registado em todo o país. Em seguida, estão Paraíba (504), da Bahia (312), Rio Grande do Norte (169), Sergipe (146), Ceará (134), Alagoas (139), Mato Grosso (123) e Rio de Janeiro (118).

Transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o vírus Zika começou a circular no Brasil em 2014, mas só teve os primeiros registos feitos pelo Ministério da Saúde em maio de 2015. O que se sabia sobre a doença, até o segundo semestre de 2015, era que a sua evolução é benigna e que os sintomas são mais leves do que os da dengue e da febre chikungunya, também transmitidas pelo mesmo mosquito.

Contudo, a 28 de novembro, o Ministério da Saúde confirmou que, quando as gestantes são infetadas pelo vírus, podem gerar crianças com microcefalia, uma má formação irreversível do cérebro que pode ser associada a danos mentais, visuais e auditivos.

A microcefalia não é uma má formação nova. Sintoma de algum problema no organismo da gestante e do bebé, pode ter diversas origens, como infeção por toxoplasmose, pelo citomegalovírus e agora também confirmado que pelo vírus Zika. O consumo de álcool e drogas durante a gravidez também pode levar à doença nos recém-nascidos.

Agência Brasil

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