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Bloco de Esquerda anula adesão de “grupo infiltrado”

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Esquerda.Net / Flickr

A porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins

O Bloco de Esquerda anulou a adesão de seis elementos da organização Socialismo Revolucionário, que aponta como um “grupo infiltrado”, de acordo com uma nota divulgada pelo partido.

“A anulação das adesões e a não-ratificação dos novos pedidos de adesão, num total de seis, foi decidida por voto secreto com 47 votos a favor, 24 contra e quatro abstenções”, salienta o Bloco de Esquerda (BE) no seu site, notando que “esta decisão resulta da verificação de fraude ao princípio legal e estatutário da adesão individual”.

“Não são abrangidos pela decisão três dos aderentes visados pelo inquérito, que integraram o SR (Socialismo Revolucionário) quando já eram aderentes do BE”, indica ainda o comunicado.

O mesmo documento especifica que a decisão da Mesa Nacional do BE aprovou por maioria o relatório da Comissão de Inquérito sobre o assunto, no passado domingo.

Segundo a página oficial do partido, o inquérito interno foi aberto na sequência de um conjunto de adesões e pedidos de adesão “provenientes de uma organização política que, externamente ao BE e sem qualquer contacto com os órgãos legítimos do partido, decidiu infiltrá-lo“.

O texto do BE refere que a organização Socialismo Revolucionário apresenta-se como a secção portuguesa do “Comité para uma Internacional dos Trabalhadores” (CIT), partido marxista internacional, que publica a revista “A Centelha”, e que mantém uma página oficial na Internet.

O partido sublinha igualmente as teses do Congresso da organização Socialismo Revolucionário, realizado em 2013, e que criticou o BE pela “mudança da liderança para a direita” em direção à social-democracia.

“Exigimos táticas flexíveis que podem significar a procura de oportunidades noutros locais, incluindo uma orientação para o PC português, que, apesar de muitas das características burocráticas que retira do seu passado estalinista, é um dos poucos partidos tradicionais de trabalhadores de massa que ainda existem na Europa”, escreve o BE referindo-se às posições demonstradas pelo Socialismo Revolucionário.

A nota recorda que através de divulgação de uma declaração de junho de 2016, o Comité Executivo do Socialismo Revolucionário anunciou a integração no BE e que no mês de dezembro enviou à Mesa Nacional um pedido de formalização.

// Lusa

3 Comments

  1. Como é que o Bloco conseguiu saber isto tudo? Só se tinham gente infiltrada no “Socialismo Revolucionário”!
    Infiltrado que infiltra o infiltrador tem 100 anos de temor! Esta é a esquerda que temos: tiques de KGB com populismo do Hugo Chavez (paz à sua alma). Nestes partidos está em curso uma disputa para ver quem fica mais à esquerda da esquerda e assim ganhar na demagogia das ideias redistributivas de miséria, rumo ao destino da Venezuela ou a outros exemplos de empobrecimentos de massas.

  2. Um partido que apoia um governo de Centro Direita em Portugal com um programa controlado por a Troika a criticarem um partido que na sua nação conseguiu chegar ao poder e que tudo tem feito para limpar a Grécia da jabardisse em que os Xuxialistas Gregos deixaram a nação, alias tal como aconteceu cá em Portugal,,,,,,, tenham vergonha hipócritas sedentos de poder a todo o custo !!!

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