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BES e Banif vão custar mais 200 milhões aos cofres públicos

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Os cofres públicos vão ter que pagar quase mais 200 milhões de euros com despesas relacionadas com negócios do BES e do Banif, além dos milhões de euros que o Estado já teve que custear no âmbito do colapso dos dois bancos.

A queda do BES e do Banif já custou aos contribuintes cerca de 7sete mil milhões de euros, mas a factura não fica por aí e o Estado terá que gastar ainda mais cerca de 200 milhões de euros, devido a negócios que correram mal, conforme aponta o Diário de Notícias.

O jornal tem por base a proposta de Orçamento de Estado para 2017 (OE 2017) e lembra que, a partir de 2017, as contas públicas contarão, pela primeira vez, com os números relativos a nove sociedades que gerem activos tóxicos dos dois bancos que faliram em 2014 e em 2015.

Assim, o governo prevê gastar 171,1 milhões de euros com a Oitante, a sociedade-veículo que ficou com os activos tóxicos do Banif que o Santander não quis comprar, aquando da resolução do banco, conforme aponta o DN.

Inscrita na proposta de OE 2017 está ainda uma despesa pública de 3,1 milhões de euros com o Banif, de 21,8 milhões com a Banif Imobiliária e de 243 mil euros com a WIL – Projectos Turísticos, também pertencente ao universo do mesmo banco.

Há ainda várias “pequenas despesas para conseguir manter à tona negócios feitos pelo antigo BES” num total de 1,2 milhões de euros de despesa pública, nota o DN, referindo que estão em causa, nomeadamente processos relacionados com a ES Tech Ventures, a empresa que gere o edifício onde funciona o Espaço Novo Banco, em Lisboa, e que acolhe exposições de fotografia, a sociedade imobiliária Quinta dos Cónegos e a consultora de investimentos em resorts no Brasil Righthour.

Além destes quase 200 milhões de euros adicionais com o BES e com o Banif, o governo prevê ainda mais despesas com os dois bancos e vaticina que vão duplicar os gastos com a Wolfpart, a gestora de créditos malparados concedidos pela Caixa Geral de Depósitos (CGD) ao empreendimento turístico de Vale do Lobo, no Algarve.

O DN repara que o Estado já gastou 8,5 milhões de euros com a empresa, em 2016. No OE 2017 está previsto um “reforço orçamental de 118%“, subindo para os 18,5 milhões de euros em 2017, refere o jornal.

ZAP

4 Comments

  1. Estas contas estão mal feitas, a avaliar pelos gestores de topo que temos, ainda não se sabe quanto é que se tem de pagar. Força Pretogal.

  2. Não são os partidos de esquerda que defendem a nacionalização da Banca? Então neste caso vejam lá se põem tudo isso em pratos limpos e a funcionar como deve ser para começarmos a reaver o que já investimos ou se pelo contrário vão vender o agora Banco Novo ao preço da chuva.

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