Benjamin Netanyahu interrogado pela segunda vez por suspeita de corrupção

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Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, foi interrogado pela segunda vez durante cinco horas, esta quinta-feira, no âmbito de uma investigação por suspeita de corrupção.

Em comunicado, a polícia israelita refere que interrogou Benjamin Netanyahu na sua casa em Jerusalém.

O primeiro-ministro israelita já tinha sido ouvido no início da semana. A imprensa israelita avança que em causa está a aceitação de prendas no valor de milhares de dólares por parte de empresários.

O inquérito pode ameaçar a continuidade do governo de Benjamin Netanyahu, 67 anos, que exerce o seu quarto mandato.”Bibi” – como é chamado pelos israelitas – é chefe do Governo israelita desde 2009, depois de um primeiro mandato entre 1996 e 1999.

Netanyahu já negou as notícias que têm saído nos jornais, afirmando que “não têm fundamento”. A imprensa avançou que o chefe do Governo recebeu presentes de pelo menos dois empresários.

Num encontro do seu partido, o Likud, no início da semana, Netanyahu voltou a negar o seu envolvimento em quaisquer práticas incorretas.

“Temos vindo a prestar atenção às notícias nos media, temos ouvido o ambiente de celebração e a atmosfera nos estúdios de televisão e pelos corredores da oposição. Eu gostaria de lhes dizer ‘Parem com as celebrações’, não se precipitem”, afirmou o primeiro-ministro israelita, concluindo: “Não haverá nada, porque não há nada”.

A televisão israelita Canal 2 noticiou que Netanyahu aceitou “favores” de empresários em Israel e no estrangeiro e que o chefe de Governo é o principal suspeito numa segunda investigação que também envolve membros da sua família. A cadeia de televisão também adiantou que uma investigação criminal deverá ser lançada na próxima semana.

O deputado do partido União Sionista (na oposição) Erel Margalit tem vindo a impulsionar uma campanha para que Netanyahu seja formalmente investigado sobre as alegadas transferências de dinheiro de doadores para uso pessoal do primeiro-ministro israelita.

Também pretende investigar a informação de que o advogado pessoal de Netanyahu representou uma empresa alemã envolvida na venda de submarinos a Israel no valor de 1,5 mil milhões de dólares.

ZAP // SN / Lusa

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