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Bancos não levam a sério as ameaças cibernéticas

elhombredenegro / Flickr

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O Banco de Inglaterra revelou esta semana que os grandes banqueiros britânicos e outros executivos de topo de entidades prestadoras de serviços financeiros não estão ainda devidamente cientes das ameaças cibernéticas a que estão expostos.

Todos os anos as atividades cibercriminosas custam à economia global cerca de de 445 mil milhões de dólares, valor este que tendencialmente continuará a subir, de acordo com o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais.

Os bancos continuam a padecer de uma particular vulnerabilidade a ciberataques, apesar das centenas de milhões de dólares despendidos na fortificação das suas defesas digitais.

Na maioria dos incidentes as motivações dos criminosos passam pelo roubo de dinheiro ou de informação dos clientes e pelo desequilíbrio dos mercados financeiros.

O Comité de Políticas Financeiras do Banco de Inglaterra afirmou que as entidades bancárias tendem a incorrer no erro de arremessar as ameaças cibernéticas para a dimensão das simples complicações técnicas, ao invés de as considerarem problemas que devem ser atendidos pelos mais elevados estratos hierárquicos das organizações.

Há um ano, por exemplo, um ataque informático à JPMorgan Chase levou a que dados de 83 milhões de clientes seus tivessem caído nas mãos de criminosos cibernéticos.

Num outro ataque, em fevereiro, cerca de 27 mil ficheiros com dados pessoais de clientes do Barclays foram desviados do Banco e vendidos a agentes financeiros, que os usaram para retirar dinheiro às pessoas.

O Comité avançou que é imperativo que as firmas financeiras testem as suas próprias defesas – em ambientes controlados – contra eventuais ataques informáticos, acrescentando que os bancos britânicos tendem a fechar os olhos às falhas que tornam permeáveis as suas defesas cibernéticas.

B!T

 

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