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Avião da AirAsia não tinha luz verde para fazer a rota

O avião da AirAsia, que se despenhou no domingo com 162 pessoas a bordo, voava num horário não autorizado, afirmou hoje o Ministério dos Transportes da Indonésia, revelando ter congelado a permissão para a companhia operar a rota.

O horário do voo do Airbus 320-200 da companhia aérea de baixo custo malaia, que descolou da cidade indonésia de Surabaia, com destino a Singapura, não tinha sido validado, afirmou o diretor-geral do transporte aéreo, Djoko Murjatmodjo.

“Violou a autorização da rota dada, o horário dado, esse é o problema”, disse à agência AFP, acrescentando que, por isso, a licença da companhia aérea AirAsia para operar essa rota foi congelada até que as investigações ao acidente sejam dadas como concluídas.

O porta-voz do Ministério dos Transportes, J.A. Barata, revela em comunicado que a AirAsia não tinha luz verde para fazer a ligação Surabaia-Singapura aos domingos e que não tinha pedido para mudar o horário dos voos.

As equipas que participam nas buscas pela fuselagem e corpos dos passageiros do Airbus A320-200 contam atualmente com a ajuda de investigadores estrangeiros para localizar as caixas negras, uma peça fundamental para determinar a causa do acidente ao largo da ilha do Bornéu.

As adversas condições meteorológicas e a forte ondulação dos últimos dias obrigaram à suspensão das buscas pelo avião, que se estima estar a uma profundidade de entre 25 e 32 metros.

Alguns indícios apontam entretanto para que o avião possa ter pousado no mar antes de se afundar, o que tem alimentado ténues esperanças nas famílias dos passageiros de que haja sobreviventes.

Foram até agora encontrados os corpos de 30 das vítimas do acidente. O primeiro corpo identificado é o de Khairunisa Haidar Fauzi, de 22 anos, uma das hospedeiras a bordo.

/Lusa

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