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Autor do massacre em Istambul pode ter atuado com cúmplices

Murat Ergin / Ihlas News Agency / EPA

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O autor do massacre em Istambul na noite da passagem de ano pode ter tido “cúmplices dentro do local”, afirmou esta quinta-feira o vice-primeiro-ministro turco, Numan Kurtulmus.

O governante diz que isso explica o facto de o terrorista, que atuou de forma “extremamente profissional”, não se ter suicidado após o ataque à discoteca.

Os investigadores não descartam a presença de um segundo terrorista, depois de analisados os registos vídeo das câmaras na discoteca e nos arredores.

Esta terça-feira, a imprensa turca avançou o nome de Iakhe Mashrapov como o presumível autor do atentado, um homem natural do Quirguistão, que teve treino militar na Síria.

Além disso, foram divulgados dois vídeos do suspeito feitos antes e durante o ataque. No primeiro registo, o homem filma-se a passear numa rua do centro da capital turca. No segundo, captado por uma das câmaras de vigilância da discoteca, podem ver-se os tiros disparados de forma indiscriminada pelo terrorista na entrada do bar.

O grupo radical Estado Islâmico reivindicou o ataque a 2 de janeiro, através de um comunicado publicado nas redes sociais, no qual o grupo terrorista indica que o massacre foi realizado por “um dos soldados do califado”.

O vice-primeiro-ministro turco indicou que o suspeito terá chegado à Turquia proveniente da antiga república soviética da Quirguízia, ainda que a investigação continue a considerar outras alternativas, como a de que terá entrado a partir da Síria.

O atirador, que continua a monte, matou um polícia e outro homem no exterior da discoteca Reina, na madrugada do primeiro dia de 2017, antes de abrir fogo contra as pessoas que estavam a festejar no interior.

Nessa noite, 39 pessoas morreram e outras 69 ficaram feridas. Cerca de dois terços das vítimas mortais são estrangeiras.

ZAP // Lusa

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