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Atirador de Munique pode ter sido inspirado por Anders Breivik

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(dr) Bild

Ali David Sonboly, o jovem de 18 anos que matou 9 pessoas num centro comercial em Munique, na Alemanha

Ali David Sonboly, o jovem de 18 anos que matou 9 pessoas num centro comercial em Munique, na Alemanha

O atirador que esta sexta-feira matou nove pessoas em Munique, acabando depois por se suicidar, era obcecado por tiroteios em massa e pode ter-se inspirado no massacre da Noruega.

Depois do clima de terror vivido na sexta-feira, a cidade alemã de Munique tenta voltar à normalidade e as autoridades já sabem mais informações sobre o atacante.

Segundo a polícia local, citada pela BBCAli David Sonboly, o jovem de 18 anos responsável pelo ataque, não teria ligações com movimentos extremistas e agiu sozinho, naquilo que classificam um “ato de loucura”.

O jovem alemão, de origem iraniana, vivia com os pais em Munique e acabou por se suicidar depois do tiroteio.

O seu corpo foi encontrado a um quilómetro do local, juntamente com uma pistola Glock 9mm e com cerca de 300 balas na mochila.

Segundo a polícia, Sonboly teria problemas psicológicos e já tinha recebido tratamento psiquiátrico para tratar uma depressão.

As buscas em sua casa revelam que o jovem seria obcecado com tiroteios em massa, tendo sido encontrados recortes de jornais e de reportagens sobre esse tipo de ataque.

As autoridades põem mesmo a hipótese de haver uma “ligação evidente” com o massacre na Noruega, perpetrado pelo militante de extrema-direita Anders Breivik, que, em julho de 2011, matou 77 estudantes na ilha de Utoya.

thespeakernews / Flickr

Anders Breivik, homicida de extrema-direita que matou 77 pessoas na Noruega

Anders Breivik, homicida de extrema-direita que matou 77 pessoas na Noruega

Em declarações ao Daily Mail, colegas de escola do jovem admitem que o jovem “não era muito popular” e que sofreu vários ataques de bullying.

“Ele sempre disse que nos ia matar a todos”, assegurou um estudante, recordando que David falava muitas vezes em “vingança”.

A polícia estuda agora a possibilidade do jovem ter criado uma conta falsa no Facebook, alegadamente um perfil feminino, para aliciar vários jovens a irem até ao McDonald’s do centro comercial, dizendo que pagava as refeições a todos.

O jovem matou ontem 9 pessoas no centro comercial Olympia, a maioria menores e adolescentes.

Sabe-se agora que as vítimas mortais têm entre 13 a 45 anos e que sete têm nacionalidade estrangeira: três kosovares, três turcos e um grego.

O tiroteio fez ainda 27 feridos, sendo que três dessas pessoas se encontram em estado muito grave.

ZAP / Lusa / BBC

2 Comments

  1. Isto não foi terrorismo islâmico, foi um acto de um miúdo demente… Onde é que estão agora os porcos nojentos racistas que culpam os refugiados por tudo?… Querem culpados? Culpem os meios de comunicação social que fazem publicidade gratuita detalhada aos assassinos em série e que ajudam a inspirar miúdos dementes como este a seguir-lhes os passos… Foi um caso de cópia… Copycat. O Daesh não teve nada a ver com isto. Estúpidos dos media. Têm as mãos sujas de sangue!

  2. O mundo está cheio de dementes, doentes mentais, psicopatas, assassinos. Muitos deles estão adormecidos e, quando as televisões fazem propaganda de outros casos de homicídios, monstrando o rosto do assassino, mostrando os seus vídeos de incentivo ao ódio, isso serve para despertar os psicopatas adormecidos, e inspira-os a seguir-lhes os passos, a imitá-los. Este fenómeno é conhecido no mundo criminal como “imitação” ou “copycat”. Estudem, investiguem, não se precipitem a atirar as culpas para os refugiados. Se quiserem culpar alguém, culpem os meios de comunicação social que fazem a divulgação dos vídeos de ódio, mostram os rostos e o nome desses assassinos, tornando-os “mártires heróis” que outros dementes admiram e procuram imitar. Este sangue está claramente nas mãos dos meios de comunicação social. É urgente reverem os seus códigos deontológicos e compreenderem a sua enorme influência e responsabilidade neste novo mundo de informação instantânea em que vivemos.

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