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Atirador que matou três polícias em Baton Rouge é um ex-marine

Dan Anderson / EPA

Agente da Polícia de Baton Rougr no local em que três dos seus colegas foram assassinados

Agente da Polícia de Baton Rougr no local em que três dos seus colegas foram assassinados

O autor da morte de três polícias em Baton Rouge, este domingo, no estado norte-americano do Luisiana, é um ex-fuzileiro de Kansas City, no Missouri, informou a imprensa local.

A cadeia de televisão WAFB, que cita fontes policiais, revela que o atirador, que morreu na troca de tiros com a polícia, se chama Gavin Long, é um ex-marine, e fazia este domingo 29 anos.

Na ocasião, três polícias morreram e vários outros ficaram feridos no tiroteio em Baton Rouge, onde a recente morte de um homem negro provocou uma vaga de indignação, informou a polícia.

Ainda não são conhecidas as circunstâncias exactas do tiroteio, mas as forças de segurança terão intervindo após os primeiros disparos.

Vários agentes da polícia de Baton Rouge e dependentes do xerife, ficaram feridos e foram transportados para o hospital local, segundo um comunicado da força polícia.

O presidente norte-americano, Barack Obama, já condenou o homicídio dos três polícias em Baton Rouge e classificou-o como “um ato de cobardes“.

“Pela segunda vez em duas semanas, agentes da polícia, que todos os dias arriscam as suas vidas, estavam a fazer o seu trabalho quando foram mortos num ataque cobarde e condenável”, disse Obama numa declaração.

Acrescentou que são “ataques a funcionários da causa pública, ao Estado de Direito e à sociedade civilizada, e têm de parar”.

O tiroteio aconteceu depois de vários dias de tensão na cidade devido à morte de um homem negro às mãos da polícia, o que gerou protestos em todo o país.

Alton Sterling, de 37 anos, morreu em Baton Rouge, abatido pela polícia depois de uma denúncia que alertava para um homem negro que empunhava uma arma e fazia ameaças enquanto vendia CD de música na rua.

Um dia depois Philando Castile, também negro, foi morto pela polícia em Falcon Heights, no Estado de Minnesota.

As mortes, ambas filmadas, provocaram protestos populares e a denúncia de violência policial contra afro-americanos e outras minorias.

A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu, na sequência destes acontecimentos, que os Estados Unidos investigassem as mortes de cidadãos negros às mãos da polícia.

Estas mortes levaram a manifestações de milhares de pessoas em cidades como Nova Iorque, Los Angeles e Chicago, para protestar contra a violência policial sobre negros.

Em Dallas, no Texas, cinco polícias foram mortos em serviço, quando protegiam os manifestantes, a 07 de julho, naquele que foi o incidente mais grave deste tipo desde o início do ano.

O suspeito, um homem negro de 25 anos, Micah Johnson, disse à polícia que queria matar polícias brancos para vingar os abusos das autoridades.

Contando com as mortes de hoje, 31 polícias morreram este ano em tiroteios nos EUA, segundo a página eletrónica Officer Down Memorial Page, que compila o número de agentes policiais mortos em serviço.

Antes do tiroteio de hoje, a 11 de julho três pessoas morreram num tiroteio num tribunal de Saint Joseph (Michigan), dois dos quais eram polícias do tribunal e um terceiro o autor dos disparos.

/Lusa

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