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Astrónomos europeus descobrem um sistema planetário com três super-Terras

JPL-Caltech / NASA

Esboço artístico do exo-planeta HD219134, uma super-Terra

Esboço artístico do exo-planeta HD219134, uma super-Terra

Astrónomos europeus anunciaram hoje a descoberta de um sistema planetário com três super-Terras em órbita de uma estrela anã brilhante, sendo que um deles parece ser um planeta de rochas vulcânicas derretidas.

O sistema, com quatro planetas, está no hemisfério norte da constelação Cassiopeia, tendo a forma de um M e estando a 21 anos-luz da Terra, adiantaram os investigadores, liderados pelo professor Stéphane Udry, astrónomo da Universidade de Genebra.

A descoberta foi aceite para publicação no número de agosto da revista Astronomy & Astrophysics.

Este sistema parece ser constituído por um planeta gigante e três super-Terras que estão a orbitar em torno de uma estrela anã, baptizada de HD219134.

As super-Terras foram assim designadas pelo facto de possuírem uma massa maior que a do planeta Terra, mas, ainda assim, serem mais leves que os planetas gasosos Neptuno, Saturno ou Júpiter.

O planeta com a órbita mais curta, o HD219134b, anda à volta a cada três dias, tendo já sido observado, do ponto de vista da Terra, em trânsito em redor das faces da sua estrela.

As medições a partir do solo, feitas com o telescópio espacial Spitzer da NASA, mostraram que a sua massa é 4,5 vezes mais alta e 1,6 mais larga do que a altura e largura da massa da Terra.

“A sua densidade média é próxima da densidade da Terra, sugerindo uma composição semelhante. Está muito perto da estrela. A temperatura é de cerca de 700 graus Kelvin“, revela um comunicado de imprensa da Universidade de Genebra.

O HD219134b não está portanto numa zona habitável, e não teria a água necessária para suportar a vida humana.

Contudo, o HD219134b é particularmente excitante para os estudiosos da área por ser o planeta em trânsito mais próximo da Terra, proporcionando desta forma uma oportunidade rara para estudar mais aprofundadamente a sua composição e atmosfera contra o pano de fundo da sua estrela.

“Estes sistemas são especialmente interessantes, na medida em que permitem a caracterização da atmosfera do planeta e da luz da estrela que atravessa a atmosfera,” disse o professor Udry.

/Lusa

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