Arábia Saudita constrói barreira de alta tecnologia com 900km na fronteira com o Iraque

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Facts for a Better Future / Flickr

A Arábia Saudita concluiu este sábado a construção de uma espessa barreira que separa o seu território do Iraque, protegendo-o a norte de infiltrações de pessoas, armas e mercadorias, anunciou a agência oficial SPA.

Esta barreira de 900 quilómetros, que inclui cinco revestimentos, constitui a primeira etapa de um projecto que prevê a construção destas estruturas com barreiras de alta tecnologia ao longo de todas as fronteiras do reino, num total de 9.000 quilómetros.

Segundo a SPA, esta protecção abrange toda a zona de Hafr al-Baten (nordeste) até Turaif (noroeste), perto da fronteira com a Jordânia.

A estrutura deve ser equipada com torres de vigilância, câmaras de infravermelhos e cerca de 50 radares para permitir “reduzir a zero o número de infiltrados e o contrabando de droga, de armas e de mercadorias” nas fronteiras norte do reino, acrescenta a agência oficial.

As relações entre a Arábia Saudita e o Iraque deterioraram-se durante o regime do primeiro-ministro iraquiano Nuri al-Maliki, que em agosto aceitou finalmente abandonar o cargo.

O reino sunita acusou Maliki, um xiita, de ter contribuído para a ofensiva dos ‘jihadistas’ do Estado Islâmico (EI) no norte do Iraque devido à sua política de marginalização da minoria sunita iraquiana. Por sua vez, Maliki acusou frequentemente o reino wahhabita de apoiar o “terrorismo” no Iraque.

A Arábia Saudita decidiu a construção de uma barreira de segurança de alta tecnologia na sua fronteira com o Iraque em 2006, quando o país vizinho estava envolvido num violento conflito inter-comunitário.

De seguida, os dirigentes sauditas alargaram o projecto ao conjunto das fronteiras, terrestres e marítimas, de todo o reino.

Entre 2003 e 2006 a Arábia Saudita foi atingida por uma vaga de atentados atribuídos à Al-Qaida que provocaram dezenas de mortos.

Na sequência de uma resposta implacável, o reino impôs diversos revezes às redes extremistas, incluindo a detenção de milhares de suspeitos.

/Lusa

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