/

Apresentados mais de 200 pedidos de restituição de obras do “tesouro nazi”

gurlitt.info

Cornelius Gurlitt

Cornelius Gurlitt

A comissão que investiga a origem das obras de arte roubadas pelos nazis e encontradas na casa de um octogenário em Munique anunciou que recebeu mais de 200 pedidos de restituição de possíveis herdeiros.

A dirigente da comissão, Ingeborg Berggreen-Merkel, precisou que o apelo lançado às famílias das presumíveis vítimas de espoliação durante o regime nazi resultou em numerosas respostas.

“Estamos a analisar cada caso individual, as pessoas têm direito a isso”, disse a responsável à agência DPA.

A comissão, de 14 membros, foi criada há um ano para determinar a proveniência de mais de mil obras de arte, de Chagall a Matisse, encontradas em 2012 na residência de Cornelius Gurlitt, filho de um negociador de arte bem relacionado com o regime de Hitler que as terá adquirido nos anos 1930 e 1940.

Especialistas estimam que cerca de 500 das obras do chamado “tesouro nazi de Munique” podem ter sido roubadas a judeus durante o regime nazi.

Berggreen-Merkel disse que o grupo de peritos espera concluir a maior parte do trabalho de identificação até ao final de 2015.

Dos pedidos apresentados, a comissão começou pelos de sobreviventes do Holocausto, seguindo-se os de descendentes de sobreviventes.

“Queremos responder o mais rapidamente possível a estas pessoas cujas famílias tanto sofreram”, disse.

Cornelius Gurlitt morreu em maio e designou o Museu das Artes de Berna como herdeiro da sua coleção.

O Museu declarou em novembro aceitar a doação, mas as obras só lhe serão entregues quando houver decisões sobre a sua proveniência e eventuais restituições.

/Lusa

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.