A chanceler alemã, Angela Merkel, congratulou-se hoje com o facto de o Governo grego ter “trabalhado de forma completamente diferente” do que nos meses anteriores para chegar a acordo sobre uma nova ajuda internacional sujeita a condições rigorosas.
“Há alguma esperança” de que o terceiro plano de ajuda internacional de 86 mil milhões de euros, adotado sexta-feira pelos ministros das Finanças da zona euro, possa resolver o problema grego, afirmou Angela Merkel numa entrevista à cadeia pública de televisão ZDF, citada pelas agências AFP e EFE.
“O que temos visto entre a primeira sessão especial (o parlamento alemão aprovou a 17 de julho o princípio de uma nova ajuda à Grécia) e o resultado das negociações (entre Atenas e os seus credores a 11 de agosto), é que o Governo grego tem trabalhado de forma completamente diferente do que nos meses anteriores”, acrescentou.
O Governo do primeiro-ministro Alexis Tsipras “entendeu que o país poderia recuperar se as reformas fossem mesmo feitas”, adiantou.
Angela Merkel, no entanto, insistiu que serão ainda necessários “muitos passos” para a Grécia implementar as muito exigentes reformas, de forma a beneficiar do ‘balão de oxigénio’ financeiro.
A chanceler disse que as novas reformas serão difíceis e terão de ser feitas se o país “quiser ver a luz ao fim do túnel”, numa altura em que a população, já duramente afetada por rigor seis anos sem resultados tangíveis, terá ainda que fazer grandes sacrifícios.
Angela Merkel assegurou que a Alemanha não quer uma Europa alemã, como alguns analistas criticaram após as negociações tempestuosas em Bruxelas em meados de julho para um terceiro pacote de ajuda após os de 2010 e 2012 no montante de 240 mil milhões de euros.
“Contámos com muito, muito apoio”, por exemplo por parte da Irlanda e de Portugal, respondeu Merkel à pergunta se a imagem da Alemanha tinha sido prejudicada pela dura postura do seu Governo.
A mudança de atitude de Atenas foi possível graças à “dureza dos outros países europeus, mas também por Wolfgang Schäuble, ministro das Finanças alemão, e do governo”, disse ela.
Horas após o parlamento grego ter aprovado a ajuda, os ministros das Finanças da zona euro deram luz verde na sexta-feira à noite ao plano, ainda que seja necessário ser aprovado por vários parlamentos nacionais, incluindo o alemão.
/Lusa
Parece que na Alemanha não cremes anti-rugas
“… “Contámos com muito, muito apoio”, por exemplo por parte da Irlanda e de Portugal…” Ahahah!! O “rafeiro” português portou-se bem com a dona!! 🙂
O distinto representante do povo irlandês fez o que achou devido a favor do seu povo e do da Grécia…Quanto a Portugal, na mesma linha diplomática, fez pela Grécia e pela união o que lhe competia.
Para alguns fogosos “diplomatas” de aviário por aqui perdidos, o caminho encontrar-se-á na viela da última tasca guiados pelo cheiro feito ‘GPS’