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Américo Amorim está mais pobre mas ainda é o mais rico

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Américo Amorim / Egidio Santos / Wikimedia

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Os 25 portugueses mais ricos, com o empresário da cortiça Américo Amorim no topo, concentram 8,5% da riqueza nacional e viram a sua fortuna crescer para 14,7 mil milhões de euros em 2015, revela a revista Exame.

A lista anual dos 25 mais ricos de Portugal é elaborada há 11 anos pela Exame e será publicada na edição de agosto da revista, que chega às bancas esta quinta-feira.

Américo Amorim, que foi o homem mais rico do país em 2008, 2009, 2010 e 2011, regressando ao primeiro lugar em 2013, mantém-se na mesma posição, com uma fortuna avaliada em 2,5 mil milhões de euros.

O dono da Corticeira Amorim ficou, no entanto, mais pobre, pelo segundo ano consecutivo, contrariando a tendência do “top 25” dos milionários, que enriqueceram ainda mais em 2015 face ao ano anterior, quando somavam 14,3 mil milhões de euros.

Os patrões da grande distribuição, Alexandre Soares dos Santos (Jerónimo Martins) e Belmiro de Azevedo (Sonae) e a família Guimarães de Mello estão igualmente entre os mais ricos dos ricos.

Soares dos Santos ocupa o segundo lugar, mas viu a sua fortuna aumentar 100 milhões de euros, para quase 1,8 mil milhões, graças à valorização das ações da dona do Pingo Doce.

Belmiro de Azevedo, que já foi o homem mais rico de Portugal, viu igualmente a sua fortuna bolsista subir 100 milhões para quase 1,4 mil milhões de euros, mantendo-se no terceiro lugar do ranking.

Os Guimarães de Mello são a família mais rica e mantiveram a fortuna de 1,2 mil milhões de euros, com os investimentos no Grupo José de Mello, Brisa, CUF, Efacec e EDP.

Na lista dos 10 mais ricos surge apenas uma mulher, Maria Isabel dos Santos, uma das principais acionistas da Jerónimo Martins.

Detentora de cerca de 10% da Sociedade Francisco Manuel dos Santos, dona da Jerónimo Martins, ocupa o 9.º lugar do ranking, com uma fortuna de 448 milhões de euros, e enriqueceu face ao ano anterior.

António Mota e as irmãs saíram da lista dos 10 mais ricos devido à queda da cotação da Mota-Engil que os atirou do sexto lugar do ranking do ano passado para 17.º lugar em 2015.

O presidente da Simoldes, António da Silva Rodrigues, protagonizou a maior subida do ranking, de 9.º para 5.º lugar, com uma fortuna calculada em 967 milhões de euros, enquanto o “patrão” dos hotéis Pestana, Dionísio Pestana, entrou diretamente para o “top 10”.

A Exame faz o levantamento do património empresarial usando todas as fontes disponíveis, como relatórios e contas (de 2013 e 2014), entrevistas de gestores e sites das empresas, aplicando depois diferentes métodos, conforme as empresas em apreciação.

Eis a lista:

  1. Américo Amorim: 2484,2 milhões de euros
  2. Alexandre Soares dos Santos: 1763,2 milhões de euros
  3. Belmiro de Azevedo: 1382,5 milhões de euros
  4. Família Guimarães de Mello: 1189,4 milhões de euros
  5. António da Silva Rodrigues: 967 milhões de euros
  6. Família Alves Ribeiro: 663 milhões de euros
  7. Fernando Campos Nunes: 539,2 milhões de euros
  8. Dionísio Pestana: 506,6 milhões de euros
  9. Maria Isabel dos Santos: 448 milhões de euros
  10. Fernando Figueiredo dos Santos: 448 milhões de euros
  11. Luís Silva e Maria Perpétua Bordalo Silva: 419,2 milhões de euros
  12. Manuel Rui Azinhais Nabeiro: 391,8 milhões de euros
  13. Nuno Macedo Silva: 378,4 milhões de euros
  14. Pedro Queiroz Pereira e Maud Santos Mendonça: 358,7 milhões de euros
  15. Manuel Alfredo de Mello e família: 345,3 milhões de euros
  16. Humberto Pedrosa: 309,5 milhões de euros
  17. António Mota e irmãs: 300,8 milhões de euros
  18. António Manuel Gonçalves, Fernando Gonçalves e Maria Helena Gonçalves: 267,4 milhões de euros
  19. Carlos Moreira da Silva: 263,1 milhões de euros
  20. Arlindo Costa Leite, Armando Costa Leite e Gabriela Costa Leite: 234,8 milhões de euros
  21. Paula Isabel Cordo Boullosa e família: 233,4 milhões de euros
  22. Familia Salvador Caetano: 231,1 milhões de euros
  23. Maria de Lurdes Soares dos Santos: 224,1 milhões de euros
  24. Maria Helena dos Santos Mota Goya: 224,1 milhões de euros
  25. Manuel Champalimaud: 211,8 milhões de euros

/Lusa

2 Comments

  1. Ao fazerem esta lista demonstra bem como estamos em Portugal, cada vez é maior o fosso entre fome e riqueza pois afinal enquanto tiram a uns a outros que continuam a gerar fortunas por benesses do próprio estado, sim benesses tipo segurança social que rodam os empregados indo buscar ao fundo desemprego ou primeiro emprego sem criar postos efectivos de trabalho, a pois é assim se cria estas riquezas ou não sabiam ?
    Isto e outras coisas não vê o nosso estado ou faz que não vê

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