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Alemanha perdeu o rasto a quase 9 mil crianças refugiadas

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Sven Hoppe / EPA

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Quase nove mil crianças refugiadas estão oficialmente desaparecidas na Alemanha, de acordo os novos dados divulgados pela polícia.

As autoridades alemãs revelaram esta segunda-feira que perderam o rasto a 8.991 crianças refugiadas que chegaram sozinhas ao país, escreve o The Telegraph.

De acordo com o relatório da Bundeskriminalamt (BKA), agência federal de investigação alemã, cerca de 867 crianças desse grupo tem 13 anos de idade ou menos.

As organizações de defesa dos direitos da criança estão preocupadas com esta situação, com receio de que estas crianças tenham sido desviadas por grupos de tráfico de pessoas.

Um desses casos é a organização não governamental Save the Children, depois do seu relatório que mostra que muitos destes menores estão a ser vítimas de trabalho forçado e de prostituição em Itália.

“As crianças não acompanhadas estão a fugir dos conflitos e a fazer viagens perigosas para alcançarem a segurança na Europa e depois caem nas falhas do sistema europeu“, afirmou um porta-voz da ONG, citada pelo jornal britânico.

A organização refere que foram encontradas meninas da Nigéria e da Roménia, algumas com apenas 13 anos, que foram forçadas a prostituir-se, depois de lhes ter sido prometido empregos como cabeleireiras ou babysitters.

No mesmo relatório, a Save the Children também destaca a existência de rapazes que foram sujeitos a trabalhos forçados ou ao tráfico de drogas para conseguirem pagar as suas dívidas.

Exemplo disso são crianças, de nacionalidade egípcia, que foram forçadas a trabalhar 12 horas por dia, sete dias por semana, em Roma, onde lavavam carros por dois euros à hora.

Para já, a BKA afirma que ainda não sabe se todas estas crianças caíram nas mãos erradas, desculpando-se com o facto de, muitas vezes, abandonarem os centros de refugiados para ir ao encontro de familiares.

Já no início deste ano, o governo alemão tinha reconhecido não saber do paradeiro de 143 mil refugiados, sendo que, desse número, 13% tinham chegado ao país em 2015.

ZAP

1 Comment

  1. Que notícia mais estranha!!!! Num país como a Alemanha, tão certinha como é que perderam o rasto a + de 8.000 crianças?? Mais grave ainda, cerca de 900 crianças têm 13 anos ou menos o que não lhes dá autonomia para saírem por aí desacompanhadas à procura de familiares ou o que seja. É muita criança “perdida” num país que se alardeia como um país perfeito onde essas coisas não existem.
    Já as mais velhas poderiam escapulir-se mas uma tão grande quantidade (cerca de 8000) não chamaria a atenção das autoridades. Porque essas também estariam, necessariamente supervisionadas.
    Sendo que se as crianças chegaram sozinhas, sem familiares, elas obrigatoriamente estariam ao cuidado de instituições do estado. Será que crianças alemãs em orfanatos estarão também a ser “perdidas” na mesma proporção? E de quem é a culpa?
    E, já agora, como é que crianças dessas idades atravessaram montanhas e vales, desertos e o mar sem estarem acompanhados por adultos responsáveis por eles? Será que não foram forçados ainda lá no país de origem a acompanhar adultos que deles necessitariam para se fazerem passar por famílias? É que, aos olhos de ocidentais ingénuos passariam por famílias verdadeiras, muito conveniente para terroristas do Estado Islâmico a serem infiltrados na Europa.
    Será que sou eu a única a achar estranha toda esta situação de, de repente, milhões de pessoas saírem do seu país e aventurarem-se mundo fora?
    Ou já está fora de moda os habitantes de um país lutarem pelo seu território e contra as arbitrariedades de facções que não respeitam o seu povo, ou invasores?
    Se acontecesse em Portugal uma situação desse tipo será que todos nós iríamos fugir para Espanha? Eu quero acreditar que íamos ficar e lutar pelo que é nosso. Ou não? Porque na nossa História os nossos antepassados ficaram e lutaram.
    Será que o homem moderno não é ligado a essas coisas de resistência e prefere a covardia ou SERÁ QUE ESTAMOS NUMA SITUAÇÃO SIMILAR À HISTÓRIA DO CAVALO DE TRÓIA?
    Mais fácil atacar do interior (como um vírus que entra disfarçado no organismo e começa a atacar este de dentro para fora).

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