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Alemães estão a tirar dinheiro dos bancos e a guardá-lo “debaixo do colchão”

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Sergis Blog / Flickr

As baixas taxas de juro que levam a uma menor – ou nula – remuneração das poupanças estão a fazer com que muitos alemães retirem o seu dinheiro dos bancos e considerem guardá-lo num local mais seguro: a sua própria casa.

A descida das taxas de juro do Banco Central Europeu arrastou consigo os juros pagos pelos bancos alemães aos seus clientes, o que fará com que alguns deles – os maiores depositantes – sejam obrigados a pagar para ter o seu dinheiro nas instituições.

A partir de 1 de setembro, o banco Raiffeisenbank Gmund passará a cobrar uma taxa de 0,4% sobre depósitos superiores a 100 mil euros, algo que vai afetar mais de 140 clientes.

De acordo com o Wall Street Journal, num país onde 80% das transações são feitas em dinheiro vivo e em que outras alternativas de investimento escasseiam, a atitude da população é guardar o dinheiro “debaixo do colchão“.

“Quando o banco me diz que tenho de pagar juros sobre os meus depósitos, pego nos 50 mil euros ou no que for e ponho-os debaixo da almofada ou compro um cofre e guardo o dinheiro lá dentro,” afirmou a empresária Dagmar Metzger ao jornal.

“Não rende ter o dinheiro no banco, e ainda por cima cobram-nos sobre esse dinheiro”, justificou também Uwe Wiese, um reformado de 82 anos que guarda 53 mil euros num cofre, em casa.

Segundo Dietmar Schake, o chefe de vendas da maior fábrica de cofres da Alemanha, Burg-Waechter KG,  a empresa já registou um aumento de 25% nas vendas de cofres caseiros no primeiro semestre deste ano em comparação com o ano anterior.

Para além da população, os próprios bancos seguem o mesmo caminho: a resseguradora Munich Re vai armazenar 20 milhões de euros em dinheiro num cofre, juntamente com barras de ouro da instituição.

No entanto, segundo o Zero Hedge, apenas 10% dos cidadãos que se dirijam aos bancos alemães conseguirão obter todo o seu dinheiro físico para, posteriormente, o guardarem no seu cofre pessoal.

BZR, ZAP

12 Comments

  1. O senhor anda mesmo muito distraído. Então quem é que defende a atual política monetária expansionista do BCE? Por acaso é a Merkel? Ganhe juízo. Quem inundou a economia de dinheiro e fez cair as taxas para o que hoje vivemos não foi seguramente a Alemanha! Uma vez mai, tome qualquer coisa para melhorar o seu discernimento.

  2. Há dias o governo alemão disse às pessoas pra se abastecerem de comida e água. Agora isto, supostamente por causa das taxas de juro….Hum! Não gosto disto! Há qualquer coisa que nos está a escapar.

    • Pois está. Mas não pense que vai ler nos jornais convencionais. Procure meios de informação alternativos e verá o que muito lhe escapa!
      O Deutsche Bank, um dos maiores bancos do mundo, está na falência , este sistema económico está bolorento há muito tempo e a precisar de reforma intensa. Alemanha e Rússia ainda vão ser parceiros contra esta escumalha, vai juntar-se com os BRICS.

      • Claro que não JULES.
        Este tipo de informação não vem nos tablóides.
        Atenção, convém ter algum cuidado com os sitios onde se recolhe informação, pois muita é puramente especulativa.
        Sinceramente, como pessoa atenta que sou, que gosta de ler nas “entrelinhas”, observo mais são os “sinais” que nos vão sendo, ainda que duma forma discreta, transmitidos.
        A situação que mais me preocupa, para ser sincero, é a Turca. Daqui pode nascer uma guerra Mundial. Não tenha duvida.

      • Sim, TINTINS, temos que saber separar o trigo do joio. E no meio disso tudo, ainda temos que saber discernir o que é propaganda ou não, pois muita coisa se fala e nos esquecemos que existem muitos jogos sujos de bastidores.
        O que está aqui a ser disputado é nada mais que a governação do sistema económico e financeiro mundial. Quem se julga “dono disto tudo” não quer largar a galinha dos ovos d’oiro assim tão facilmente. Atrevo-me a dizer que todos os males que existem no mundo advêm do dinheiro.
        A Turquia já me preocupou mais, tudo leva a crer que estão agora no lado da Rússia, o que deixou o Ocidente preocupado com esta nova relação…Porque será?… Só lhe digo que tem haver com isto também: Síria . A história da Síria sempre foi muito mal contada pelos media.
        Felizmente, muita gente já começa a questionar toda a informação que lhes chega.

      • Sem duvida amigo Jules.
        Estamos perante uma “caldeirada” refinada.
        A Turquia preocupa-me mais porque está no centro de 3 questões complexas para nós: Falo de um País que detém as 4o exercito mais poderoso do Mundo, está inserido na NATO e, por essa via, pode pôr em causa muita coisa no plano estratégico da NATO, a aproximação política à Russia, a aposta na Islamização ( Erdogan, o presidente, já o assumiu ) e a crise dos migrantes, que tem gerado pontos de grande tensão com a UE.
        Um abraço para si

      • Graças a deus alguém está atento ao que se está realmente a passar nos bastidores e que os meios de informação convencionais nos estão a esconder para evitar o pânico das massas… Aqueles que entendem Inglês procurem Benjamin Fullford.

  3. tendo em conta que a Banca que detém um monopólio oferecido pelos Estados anda neste momento a fazer o contrário do que é a sua génese (pagar juros aos seus clientes que lhe ‘emprestam dinheiro’ ou na moeda fiduciária que os ajudam a criar moeda a partir do débito) e que ainda por cima estamos a ver os Estados nomeadamente a UE a aprovar legislação que permite o roubo descarado dos valores que os depositantes têm na Banca, á lá Chipre ‘bail in’, parece-me uma atitude sensata esta dos alemães….

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