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74 sírios retidos na Portela com passaportes falsos pediram asilo

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Addictive Picasso / Flickr

foto:  Addictive Picasso / flickr

foto: Addictive Picasso / flickr

Os 74 passageiros de um voo proveniente da Guiné-Bissau, que hoje foram retidos em Lisboa por suspeita de uso de passaportes falsos, são de nacionalidade síria e tinham passaportes contrafeitos da Turquia, tendo pedido asilo ao diretor do SEF.

Fonte do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras revelou à Lusa que são 74 os passageiros do avião proveniente de Bissau e que os mesmos estiveram até hoje à tarde retidos no aeroporto de Lisboa.

Entre os passageiros, acrescentou a fonte, estão 12 crianças. Uma das passageiras, grávida, foi levada para o hospital.

A mesma fonte disse ainda que o comandante do voo da TAP foi forçado a proceder ao embarque dos passageiros por parte das autoridades da Guiné-Bissau.

O voo TP202 da TAP proveniente de Bissau, na Guiné-Bissau, chegou a Lisboa às 06:33.

Em comunicado divulgado esta noite o SEF explicou que os 74 passageiros, que compõem várias famílias, solicitaram asilo político em Portugal.

“Os agora requerentes de asilo vão entrar em território nacional e ficar alojados em instalações disponibilizadas pela Segurança Social, enquanto decorre o período de instrução dos respetivos pedidos, informou o SEF, que acrescentou decorrerem as diligências para apurar as verdadeiras identidades dos passageiros, visto que foi confirmado que os passaportes eram falsos.

 

A presidente do Conselho Português para os Refugiados, Teresa Tito de Morais, confirmou que os 74 estrangeiros retidos no aeroporto de Lisboa, todos sírios, pediram asilo ao diretor do SEF.

Em declarações à TSF,  Teresa Morais explicou que, por este motivo, foi passada a estes sírios uma autorização de residência provisória, tendo todos sido admitidos em território português.

 

Autoridades de Bissau nada detetaram

 

As autoridades da Guiné-Bissau afirmaram não ter detetado nada de errado nos passageiros que embarcaram num avião na capital guineense e que hoje ficaram retidos no aeroporto de Lisboa, por suspeita de usarem passaportes falsos.O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) português indicou que os detidos são de nacionalidade síria e tinham passaportes contrafeitos da Turquia.

Mamadu Cassama, diretor-geral adjunto do SEF guineense, confirmou que se trata de portadores de passaportes turcos.Mamadu Cassama disse que chegaram a Bissau em dois grupos, há alguns dias, oriundos de Marrocos, país em que 20 deles obtiveram visto de entrada na Guiné-Bissau.

Os restantes não tinham visto, alegando estar em trânsito (sem poder sair do aeroporto) em Marrocos, pelo que pediram vistos de turista ao chegar a Bissau, os quais lhes foram concedidos.

Segundo Mamadu Cassama, não havia nada que “os impedisse de entrar” no país.

Na segunda-feira “quiseram sair de novo”.

“Verificámos que os passaportes estavam legais” e que “já tinham feito o ‘check-in’ para o voo da TAP através da Internet”, referiu, remetendo outras responsabilidades para a companhia aérea.

Mamadu Cassama reconhece que a Guiné-Bissau faz o controlo de entradas e saídas com “limitação de meios”, mas recusa falar de “fragilidades” no sistema.

“Nós fazemos o nosso controlo devidamente como qualquer país no mundo”, concluiu.

/Lusa

1 Comment

  1. Sem qualquer tipo de sectarismo ou racismo: O que Bissau fez a Portugal, foi muito bem feito… Talvez Portugal tenha que começar a tirar apontamentos deste tipo de situações e deixar de ser hipócrita e de estar com mão estendida com alguns países dos PALOP.

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