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40 anos do Dia do Trabalhador assinalados com protestos e festejos

francisco.fernandes / Flickr

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Os portugueses vão poder comemorar esta quinta-feira os 40 anos do Dia do Trabalhador em liberdade, participando em manifestações de protesto ou festividades um pouco por todo o país para reivindicar novas políticas para Portugal.

As duas centrais sindicais promovem, como habitualmente, comemorações do 1.º de Maio em separado e desta vez também de forma diferente.

A CGTP realiza o tradicional desfile em Lisboa, entre o Martim Moniz e a Alameda, onde o seu secretário-geral deverá apelar à mobilização e ao protesto nas ruas contra a retirada de direitos e o empobrecimento da população.

A UGT este ano optou por voltar ao modelo antigo, não desfilando na avenida da Liberdade, mas sim festejando no jardim junto à Torre de Belém.

A CGTP-IN, através das suas estruturas regionais, assinala o 1.º de Maio em mais de 40 localidades do continente e das regiões autónomas com manifestações, concentrações, convívios e iniciativas culturais, desportivas e lúdicas.

Sob o lema “Lutar para mudar de política e de Governo – Abril e Maio de novo com a força do povo”, a Intersindical conta ter “muitos milhares de trabalhadores, de reformados e de jovens” nas ruas, para manifestar a sua indignação contra a política do Governo do PSD-CDS e da ‘troika’.

“O 40.º aniversário do 1º de Maio em liberdade tem, neste quadro complexo, mas simultaneamente desafiante para todos quantos lutam pela efetivação dos direitos, liberdades e garantias que a Revolução de Abril nos trouxe e o 1.º de Maio em liberdade consolidou, um significado especial”, assume a central sindical.

Para a Inter, “nunca como hoje foi tão gritante o contraste entre os ideais — de liberdade, de dignidade, de justiça social, de progresso, de direitos sociais — que estas datas simbolizam e a realidade de uma governação que tão brutalmente as contradiz e sistematicamente as põe em causa”.

Em Lisboa, a CGTP promove, durante a manhã, a Corrida Internacional do 1.º de Maio, com partida e chegada no Estádio 1.º de Maio.

Para o início da tarde está previsto o desfile entre o Martim Moniz e a Alameda D. Afonso Henriques, que terminará com um comício sindical, que terá como principal orador o secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos.

A UGT, depois de um interregno de alguns anos, vai voltar a comemorar o Dia do Trabalhador junto à Torre de Belém, com festa e convívio ao longo dia dia.

Para meio da tarde está previsto o comício sindical, que terminará com um discurso do secretário-geral da UGT, Carlos Silva.

A defesa do emprego, dos salários e das pensões e do Estado Social são algumas das reivindicações da UGT neste Dia do Trabalhador.

O feriado do 1.º de Maio foi a primeira conquista sindical após a revolução de Abril de 1974, integrando um conjunto de 14 reivindicações que a Intersindical se apressou a apresentar à Junta de Salvação Nacional no dia seguinte à Revolução dos Cravos.

Foi a 27 de abril que a Junta de Salvação Nacional decretou o 1.º de Maio como feriado nacional para comemorar o Dia Internacional do Trabalhador.

Nesse 1.º de Maio em liberdade foi escolhida a Alameda Afonso Henriques, em Lisboa, para a concentração inicial e o comício foi no Estádio desde logo batizado de 1.º de Maio, que não chegou para albergar todos os que participaram no desfile. As comemorações estenderam-se a todo o país, sob o lema “paz, pão e liberdade”.

/Lusa

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