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20 reféns e 6 terroristas mortos em ataque a restaurante no Bangladesh

STR / EPA

Ruba Ahmed, mãe de Abinta Kabir, uma das vítimas do atentado em Daca

Ruba Ahmed, mãe de Abinta Kabir, uma das vítimas do atentado em Daca

Seis homens armados com explosivos, pistolas e espadas invadiram um restaurante na região diplomática de Daca, no Bangladesh, provocando a more a 20 pessoas.

Vinte reféns foram mortos num restaurante frequentado por estrangeiros na região diplomática de Daca, a capital de Bangladesh, anunciou o Exército do país este sábado.

O grupo extremista Estado Islâmico reivindicou o ataque.  A maioria das vítimas eram italianos e japoneses.

“Recuperamos 20 corpos. A maioria foi brutalmente agredida até à morte com armas afiadas”, afirmou o director da operação militar que pôs fim ao ataque, Nayeem Ashfaq Chowdhury.

O alvo do ataque foi o restaurante Holey Artisan Bakery.

“Estão a disparar. Por favor, chamem a polícia. Estou escondido no terraço”, escreveu Diego Rossini, um dos chefs do restaurante, numa rede social.

Sumon Reza, funcionário do restaurante, contou ao The Daily Star que vários homens armados com artefactos explosivos, pistolas e espadas invadiram o restaurante.

Horas mais tarde, Rossini confirmou que tinha conseguido escapar do restaurante.

Entre as 20 vítimas, contam-se  9 italianos e 7 japoneses, segundo as autoridades dos dois países, bem como naturais da Índia e do Sri Lanka.

O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, condenou o ataque, realçando que a Itália sofreu uma “perda dolorosa”.

Renzi afirmou que os italianos foram atingidos, mas não se curvarão à loucura do radicalismo islâmico.

O papa Francisco declarou que o ataque é uma “ofensa contra Deus e a humanidade”.

Primeira-ministra pede fim das mortes em nome do Islão

A primeira-ministra do Bangladesh, Sheikh Hasina, pediu aos extremistas islâmicos que parem de matar em nome da religião, depois de 20 reféns terem sido hoje mortos num atentado num restaurante de Daca.

“O Islão é uma religião de paz. Parem de matar em nome da religião“, disse Hasina, num discurso dirigido à nação, transmitido pela televisão, durante o qual anunciou dois dias de luto pelas vítimas, de várias nacionalidades.

“Por favor, parem de manchar a nossa religião. Imploro-vos que regressem ao caminho correto e defendam o orgulho do Islão”, acrescentou.

A primeira-ministra, cujo Governo foi incapaz de parar uma crescente onda de ataques contra estrangeiros e minorias religiosas, pediu um esforço nacional para combater o extremismo.

Hasina instou os cidadãos a criarem “comités antiterrorismo” nos distritos e subdistritos de todo o país, de maioria muçulmana, mas oficialmente laico.

A dirigente, de 68 anos, disse que as pessoas por detrás dos ataques estão a tentar destruir o Bangladesh.

“Ao manterem civis inocentes como reféns, sob a mira das armas, querem transformar a nossa nação num Estado falhado”, disse.

A contraofensiva das autoridades resultou na morte de seis atacantes e no resgate de 13 reféns.

ZAP / DW / Lusa

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