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18 entidades da península exigem plano de acção para proteger lobo ibérico e populações

fregando / Flickr

Exemplar de Canis lupus signatus, o lobo ibérico

Exemplar de Canis lupus signatus, o lobo ibérico

Várias organizações exigiram hoje um Plano de Ação para a Conservação do Lobo Ibérico em Portugal para conciliar a proteção da espécie e a salvaguarda das populações, apontando a incapacidade nacional para avançar medidas eficazes.

Um comunicado de 18 organizações ibéricas lançou um “alerta urgente pela convivência sustentável com o lobo ibérico” e salienta que o estado de conservação da espécie em Portugal “continua a degradar-se, assistindo-se à recorrente incapacidade das autoridades nacionais em aplicar medidas eficazes”.

Para as entidades, que representam vários setores da sociedade, é necessário desenvolver uma estratégia de conservação desta espécie ameaçada que assegure a sua convivência com as populações e atividades rurais.

A recente morte por captura num laço ilegal de mais um lobo ibérico é, para associações como a Liga para a Proteção da Natureza (LPN), uma exemplo que revela “a passividade das entidades competentes”, mesmo quando a população e caçadores locais alertam as autoridades para os problemas existentes.

Perante a falta de “abordagens eficazes”, ambiental e socialmente integradas, o que inclui a gestão dos prejuízos do lobo nos efetivos pecuários, referem que se “torna urgente combater a situação insustentável e intolerável” que afeta esta espécie protegida e as populações rurais que com ela convivem.

Para as associações, ambientalistas mas também representativas dos guardas e vigilantes da natureza, de defesa do património, ou agrícolas, como a confederação das cooperativas agrícolas (CONFAGRI), “é urgente assegurar ações que compatibilizem a presença desta espécie com as atividades humanas, como o combate eficaz à perseguição ilegal ou o apoio aos produtores pecuários para a correta proteção dos seus animais perante a predação do lobo“.

O correto ordenamento das atividades e infraestruturas humanas nos locais onde existe o lobo ou a valorização da presença da espécie no território como um indicador de qualidade ambiental, são outros pontos referidos.

As entidades subscritoras dizem estar disponíveis para discutir o tema da conservação do lobo ibérico, nas vertentes ambientais, sociais e económicas, “promovendo o diálogo construtivo” com as autoridades.

/Lusa

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